FOTO: GILVAN DE SOUZA/FLAMENGO
Como novo presidente do Flamengo, sucedendo Eduardo Bandeira de Mello, Rodolfo Landim admitiu que o clube se interessa por administrar o Maracanã. Mandatário do clube pelo triênio 2019-2021, o empresário revelou, em entrevista à ESPN, que já conversou com o governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), sobre o assunto, e ficou feliz com o que foi dito pelo político.
— O Flamengo quer ter participação na gestão do Maracanã, até porque o Flamengo entende que o Maracanã não vai se sustentar sozinho. Conversei com o governador eleito, e ele está muito disposto a ajudar o Flamengo. A nossa primeira prioridade é o Maracanã.
Na mesma entrevista, Landim disse acreditar que não faz parte das funções do presidente aparecer com frequência no CT, e que quando a cobrança precisar ser feita, ela será direcionada ao departamento, que estará acompanhando com maior proximidade: “Eu não vou frequentar o CT de futebol, somente em ocasiões especiais. Para mim, não é o meu papel, com todo o respeito. Como presidente do clube, eu sou torcedor do clube e tudo mais, mas eu acho que é uma atitude mais nobre cobrar a vice-presidência de futebol, que cobrará o departamento.”
O novo presidente do clube, eleito no último dia 08 ao vencer as chapas de Ricardo Lomba, Marcelo Vargas e José Peruano, não deixou de fazer algumas críticas sobre Bandeira, seu antecessor. De acordo com ele, o modelo de gestão do ex-presidente, de centralizar o poder do departamento de futebol, foi um dos motivos para que as contratações do clube, em sua maioria, não dessem certo. Landim afirmou que a forma de sua administração trabalhar será outra.
— Nós tínhamos todo o departamento de futebol centralizado em uma pessoa. Todo e qualquer processo passava na mão de uma pessoa. O comitê de futebol que vamos trazer agora é para angariar as ideias de outras cabeças. São perfis de pessoas que eu vou escolher. Isso é para não cometer de novo decisões erradas como aconteceu na montagem do nosso plantel. O Flamengo contratou jogadores com problemas, caros, impactando de forma significativa nas finanças do clube por anos, porque eram contratos de longo prazo. O índice de acerto do Flamengo nesses anos foi muito baixo. O comitê serve como um alinhamento das ideias do futebol.