O Flamengo realizou quatro contratações de peso no início da temporada – Gabigol, Bruno Henrique, De Arrascaeta e Rodrigo Caio – e, na última quinta-feira (09), anunciou também a chegada do lateral direito João Lucas, de 21 anos, que se destacou no Bangu. No entanto, os esforços da diretoria rubro-negra para chegada de novos nomes significativos não param por aí. Não a toa, a dupla de laterais Filipe Luís e Rafinha pode desembarcar no Brasil no início do segundo semestre deste ano, e o ex-jogador e comentarista Zé Elias comentou sobre o encaixe da equipe com esses atletas.
Durante edição do programa Futebol na Veia, da ESPN, o comentarista argumentou que é necessário tempo para que os jogadores se readaptem ao futebol brasileiro. Isso porque, tendo longas carreiras na Europa, será necessário se reacostumar com o ritmo e estilo de jogo realizado por aqui. Além disso, ele destacou também que o técnico Abel Braga precisará saber utilizar as peças que terá em suas mãos.
– Há duas coisas que precisam ser pensadas: há quanto tempo esses jogadores estão na Europa? Eles fizeram toda a carreira por lá. Ninguém questiona a qualidade deles. O problema é a readaptação ao futebol brasileiro. Isso leva um pouco de tempo, porque é diferente. Outra coisa é que, com a chegada desses dois jogadores, o Flamengo vai precisar mudar. Não vai poder ficar esperando para jogar no contra-ataque. Quanto tempo o Abel vai precisar para mudar esse tipo de coisa? -, indagou Zé Elias.
Na sequência, o comentarista destacou que o Flamengo precisará voltar a propor o jogo, característica que tinha com outros técnicos, mas acabou se perdendo com as ideias de Abel. Zé Elias ressaltou também que, com os reforços, a cobrança sobre o time vai crescer e será necessário saber lidar com isso.
– Não tem como chegar para esses dois caras e falar “fiquem lá atrás”. Eles não vão conseguir, por conta da experiência, da personalidade e carreira que têm. Vai ser necessária essa mudança. Rafinha não é Pará nem Rodinei. Filipe Luís não é Trauco ou Renê. As expectativas com esses jogadores serão maiores ainda. Em cima do time também. Precisa ver como o Abel vai inserir esses jogadores no contexto do atual Flamengo, ou se ele vai ter que mudar o Flamengo por conta dessa necessidade de readaptação e também de formação de uma nova equipe.
Com Rafinha a situação do Flamengo está muito bem encaminhada. O atleta não renovará com o Bayern de Munique e tanto ele quanto Marcos Braz (vice de futebol do Rubro-Negro) já deixaram claro que, caso o retorno ao futebol brasileiro aconteça agora, será para o clube da Gávea. Resta, porém, que o defensor analise as propostas de clubes europeus para decidir seu futuro.
Enquanto isso, Filipe Luís ainda está na prateleira de um mero ‘sonho de consumo’. Contudo, isso pode mudar em breve, uma vez que Bruno Spindel e Marcos Braz viajaram para a Espanha na última quinta (09), com a ideia de ter avanços na conversa com o jogador, que não deve renovar com seu clube atual, o Atlético de Madrid.
Tá precisando assistir os jogos do Flamengo, desde quando o Flamengo é um time que espera atrás pra jogar no contra-ataque?
É deixar eles na reserva do Pará e Rosinei.kkkk
Comecei a ler e parei. Felipe cansou de jogar no contra ataque com Simeone. E na maioria dos jogos o Flamengo continua propondo o jogo mesmo com o Abel
Me desculpe Zé Elias dizer que o flamengo não propõe o jogo e só joga no contra ataque, não sei qual jogo ele assistindo é só ver os números o tanto que o Flamengo tem mais posse de bola, aliás tá uma pregação no pé do Flamengo pela Espn, sei não.
Esse comentarista quer subestimar nossa inteligência.
Não precisa adaptar. Assim mesmo são melhores que Pará e René.
Filipe Luís, vai ser só o “cheirinho”, kkk
Creio que esses dois laterais conseguem se adaptar na filosofia do Abel, que é jogar no contra-ataque. Difícil mesmo é fazer o Abel mudar.
Eu acho que o Zé Elias não tem acompanhado muito os jogos do Mengão. Onde o Flamengo é time reativo? Fez 2 jogos dessa maneira, Fla x Flu que perdeu nos acréscimos e contra o San José na altitude. O Flamengo continua propondo o jogo. Claro que o jogo com os reservas contra um São Paulo no Morumbi não pode ser comparado.
A readaptação é preocupante. São jogadores na faixa dos 30 anos e que há décadas estão na Europa. Quando vão estar adaptados ao nosso futebol? Com eles o ganho em qualidade é inegável, mas ainda levará algum tempo pra estarem plenamente produtivos. Isso ocorreu com Diego, Éverton Ribeiro, Cuéllar, e outros. Quanto ao esquema a ser adotado com eles, o treinador, ao contrário do que pensam as “mauretes”, não é burro. Vai encontrar uma maneira de fazê-los jogar, e os jogadores tb são inteligentes e experientes. Não vai ser nenhum bicho de sete cabeças, mas a adaptação plena é mais que necessária. Porém, a perguntinha que não quer calar permanece: será que virão mesmo? Só acredito vendo. Quem vive de promessa é político. E concordo com quem falou aqui que se eles fossem pro Corínthians, a “análise” de Zé Elias seria bem diferente.