Raul Mareco: “Jorge ‘Moisés’ Jesus: a nova Gênesis do Flamengo?”

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FOTO: ALEXANDRE VIDAL / FLAMENGO

10 de julho: o início de tudo. Terra e mar, vencer, vencer e vencer. Jesus, o profeta português? Contra o Athlético, o treinador lusitano terá a chance de mostrar

Nunca o trecho do hino do Flamengo “seja na terra, seja no mar” esteve tão em voga, desde a chegada a terras tupiniquins, do lusitano Jorge Jesus, como o novo treinador do Mengão. Muitos foram os trocadilhos feitos pela imprensa e pela torcida, essencialmente através de memes nas redes sociais, associando, obviamente, o sobrenome do gajo experiente ao salvador cristão, um “Cara” aí de 33 anos, filho do Homem lá de cima.

É, os flamenguistas pegaram Jorge para Cristo, no bom sentido! Mas, vejo o Jesus português mais como o profeta Moisés. Entretanto, não preciso contextualizar sobre o salvador do povo de Israel, já que é senso comum, nas escrituras em Êxodo, no Velho Testamento, na Bíblia, não é?! Pois bem. Você que me lê, deve estar se questionando o que o trecho do hino tem a ver com o nome do treinador, a citação bíblica e com o atual momento do elenco do Time do Povo.

Seja na terra, seja no mar

Portanto, vamos ao contexto que importa. A partir do jogo de hoje, contra o Athlético Paranaense, pelas quartas de final da Copa do Brasil, Jorge “Moisés” Jesus enfrentrará o que ouso cunhar a nova Gênesis do Flamengo, EM TERRA. Sua liderança, não apenas a do time, mas também a que representa 40 milhões de seguidores, que já estão cativados pelas suas comparações entre a massa rubro-negra e as torcidas de Portugal, chamou a atenção até na Europa, ora pois!

Paz e amor é o que 40 milhões de apaixonados buscam há anos através do Flamengo. E é em Jesus que confiam os poucos mais de 365 dias que terá à frente do Mais Querido. Aos mares abertos, Jesus! (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

Muitos adjetivos, em sua maioria positivos, foram direcionados a ele, e, juntando todos, formei uma expressão: conservador moderno. O que já deixou este 10 de julho o mais esperado, em anos, em termos de expectativa de estreia de um técnico, de se observar o já famoso 4-1-3-2 na prática, de se ouvir menos broncas do tipo “tá mal Arão”.

O Flamengo nasceu no mar e continua a dar alegrias também através das águas. Possui 47 títulos cariocas de remo e é o atual campeão brasileiro da modalidade. Cito os títulos desta categoria não apenas para informar ao caro leitor do Coluna do Fla, mas, também, para enfatizar e, mais ainda, deixar um questionamento sobre a referência que fiz no início deste texto que, por vezes, brinca com a metáfora.

Desde que chegou ao Ninho do Urubu, Jesus tem sido metódico nos treinos e franco com a diretoria sobre modificações na estrutura do CT. É o líder guiando os seguidores com a sua melhor forma de pensar o futebol para o Fla (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

Será Jorge Jesus o ‘Moisés’ do Mais Querido? Aquele que abrirá, para o Flamengo, os mares tricolores, bicolores, alvinegros, alviverdes de todos os adversários que terá pela frente, em busca de todos os títulos possíveis? Há 10 anos não vencemos um campeonato nacional. Desde 2013 não conquistamos um título respeitável. Há 38 anos, não sabemos o que é ter a honra de conquistar uma Libertadores. São quase quatro décadas, rubro-negro!

Reflita, analise, torça! “Seja na terra, seja no mar”…

Em tempo: sou agnóstico. Congratulações mais que rubro-negras e que Scyra nos proteja de águas revoltas.


Raul Cláudio Martins Mareco é graduado em Comunicação há 14 anos. Especialista em Comunicação Política e Jornalismo Gonzo. Consultor e assessor de órgãos públicos, campanhas políticas, mandatos legislativos e executivos. Produtor cultural. Colunista de esportes e cinema. Futuro Mestre na Universidade de Coimbra – Portugal. Apaixonado por de cerveja pura, rock n’ roll, bossa nova e música clássica. Fã do Los Angeles Lakers. Flamengo desde a barriga da mamãe. Bora bater um papo no Twitter? —> @RaulMareco

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  • raul marreco apenas para CONSERTAR sua história, os israelitas NÃO PASSARAM 40 ANOS NO DESERTO ATÉ CHEGAR AO MAR VERMELHO, não, ELES PRIMEIRO ATRAVESSARAM O MAR VERMELHO E SOMENTE DEPOIS FICARAM 40 ANOS NO DESERTO até entrar na terra prometida, estão lá até hoje, e mais, MOISÉS MORREU ANTES DE ENTRAR NA TERRA PROMETIDA, o Jorge do mengão ainda nem começou a marchar,não há muita semelhança.

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