Marcos Vinicius: “Gabriel e seus números”

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FOTO: ALEXANDRE VIDAL / FLAMENGO

Ele tem a perna esquerda do Ganso, a técnica do Neymar e a velocidade do Lucas“, disse certa José Ely de Miranda, mais conhecido por Zito (1932-2015), bicampeão em 1958 e 1962 pela Seleção Brasileira.

Foi o próprio ex-zagueiro santista que levou o pequeno Gabriel aos oito anos para treinar no clube, após uma partida de futsal amistosa defendendo o São Paulo contra o Santos em que marcou os seis gols da goleada de 6 a 1.

Desde então, virou grande promessa das categorias de base e tratado como joia do clube e desde os catorze anos acumulando convocações às seleções de base do Brasil.

Lançado no Santos em 2013, Gabriel Barbosa não ficaria muito tempo na Vila Belmiro.

Dito e feito.

Menos de três anos depois, era contratado pela Inter de Milão por 29,5 milhões de euros (aproximadamente R$ 128,9 milhões de reais), no segundo semestre de 2016.


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Se os 3,9 milhões de torcedores da Internazionale não esquecem o argentino Javier Zanetti, recordista de jogos oficiais pelo clube – 858 ao total – e do maior artilheiro de todos os tempos com 284 gols, o italiano Giuseppe Meazza – nome do conhecido Estádio San Siro -, boa parte dessa imensa torcida não quer nem ouvir o nome de Gabriel Barbosa por lá.

Sem muito sucesso na equipe italiana, vestiu apenas por dez vezes a camisa 96 – número escolhido pelo próprio em alusão ao ano de seu nascimento – e marcou um único gol, contra o Bologna em jogos oficiais.

Um ano depois era emprestado ao Benfica, onde ficou por apenas cinco meses, onde jogou cinco vezes e marcou um gol antes de retornar ao Santos, em janeiro de 2018.

No entanto, o jogador enfrentou a desconfiança de parte da torcida e, em alguns momentos da temporada, chegou a ser vaiado. Na sua chegada, havia dúvidas quanto ao desempenho do atacante em seu retorno à Vila Belmiro.

E a volta às origens parece ter dado resultado. O atacante fez muitos gols e se recolocou entre os grandes nomes do país.

Reabilitado, Gabriel Barbosa chegava a última rodada do Campeonato Brasileiro com 18 gols e era também artilheiro da Copa do Brasil com 4, feito inédito na história do futebol brasileiro.

Não à toa, as credenciais do apelido de Gabigol que haviam se perdido na arrogância de atuar nos gramados europeus, ficariam no passado.

Seu futuro é incerto, pois mesmo manifestando o interesse de reescrever sua história na Inter de Milão – clube que detém os direitos econômicos do atleta e o emprestou até o próximo dia 31 de dezembro – o Flamengo mexeu com ele e o valorizou.

Mexeu tanto que seus números foram elevados.

Por exemplo, com o ex-treinador e “paizão” Abel, durante o primeiro semestre, marcou 14 gols em 26 jogos – média de 0,5 por partida – e com Jorge Jesus, jogou 15 vezes e marcou 17 gols – média de 1,1 por partida.

Suas últimas atuações, desde o CSA até o Cruzeiro, foram 13 gols contra dez adversários diferentes, levando o Flamengo à liderança do Campeonato Brasileiro com 45 pontos.

Enquanto isso, certamente está próximo de bater seus 18 gols do ano passado e se tornar o artilheiro nesta edição do Brasileirão de 2019.

Em clubes, Gabriel Barbosa supera em gols nomes como Messi – eleito pela sexta vez como maior jogador do planeta -, Cristiano Ronaldo e Neymar e é o segundo maior artilheiro em ligas de destaque ao redor dos cinco continentes, superado apenas por Abderazzak Hamdallah. O marroquino do Al Nassr, da Arábia Saudita, soma incríveis 41 gols no ano.

Goleadores por clubes em 2019:

Abderazzak Hamdallah (Al Nassr – Arábia Saudita) – 41 gols

Gabigol (Flamengo – Brasil) – 31 gols

Carlos Vela (Los Angeles FC – EUA) – 31 gols

Josef Martínez (Atlanta United – EUA) – 30 gols

Messi (Barcelona – Espanha) – 30 gols

Lewandowski (Bayern de Munique – Alemanha) – 29 gols

Germán Cano (Independiente Medellín – Colômbia) – 29 gols

Ibrahimovic (LA Galaxy – EUA) – 27 gols

Agüero (Manchester City – Inglaterra) – 27 gols

Gilberto (Bahia – Brasil) – 26 gols

Eran Zahavi (Guangzhou R&F – China) – 25 gols

Mbappe (PSG – França) – 25 gols

Erik Sorga (FC Flora – Estônia) – 25 gols

Cristiano Ronaldo (Juventus – Itália) – 15 gols

Neymar (PSG – França) – 9 gols

Tantos números, alguns feitos e para coroar sua redenção, vai ser importante conquistar os títulos do Brasileiro e da Libertadores deste ano.


Por: Marcos Vinicius
Twitter: @ViniciusCharges

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  • Cauby, se não bastasse a possível valorização, ainda temos que considerar o impacto na saúde financeira do clube. Bem ou mal, ainda precisamos de pelo menos 1 zagueiro, 1 volante e 1 atacante (reserva)… &:-D

  • Os números do Gabigol são simplesmente extraordinários, o que me preocupa é a VALORIZAÇÃO dele, os valores para comprar em definitivo estavam na casa dos 18 milhões de euros, hoje duvido que a Inter vá manter o valor, a não ser, é claro, que na hora do empréstimo o valor tenha sido fixado para a compra, o que me parece que NÃO OCORREU, na época da procura pelo Balotelli, falei que O CLUBE TINHA DE DEFINIR PRIORIDADES, E A PRIORIDADE ERA GABIGOL, inclusive o presidente Landim foi ao jogo sagrado do Benja e disse com todas as letras que apenas em dezembro iria pensar em Gabigol, que no momento o pensamento era Balotelli, obviamente isto foi um equivoco, agora é VOLTAR TODAS AS ATENÇÕES PARA GABIGOL, não vejo NEM NO BRASIL NEM NO EXTERIOR, NINGUÉM com capacidade para sequer perto dos números do Gabigol acima descritos.

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