A história é conhecida. Renato zombou do currículo de Jorge Jesus e, com arrogância bastante peculiar, foi grosseiro ao tecer comentários preconceituosos sobre sua idade. Tentou arrastar o treinador português para uma arena rasa, a do debate vazio, onde acreditava poder triunfar.
Em campo, foi dominado e vencido. Desolado, recorreu ao argumento de que o orçamento do Flamengo era maior do que o do Grêmio. Por fim, fora relegado à incomoda posição de “ex”. Não mais era o dono do melhor futebol do país, e viu seu desafeto ocupar a preferência de muitos para assumir o time da CBF.
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Jorge Jesus trocou o Ninho do Urubu pelo Benfica. Ficaram vagas as cadeiras das suposições e achismos. À distância, Renato, solitário, ainda nutre seus ressentimentos. Hoje, olhará para o banco de reservas adversário e não verá seu verdugo. Empenhado por ser notado, travará um duelo imaginário. Esperançoso de que Jorge Jesus esteja com a TV ligada. Numa espécie de conexão espiritual ou anímica.
Se Renato vencer hoje à noite (na entrevista coletiva), em transe, afirmará: “vencemos o Flamengo do Jesus, do Jesus”. Já no quarto de hotel, ressentido e choroso sussurrará:
“Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar ‘refeito’, pode crer
Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais”.
Yuri Fialho
@yurifialho