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Processo natural? Atletas do Bayern tiveram problemas no início do ‘estilo Guardiola’: “Todo mundo em posição diferente”

FOTO: GETTY IMAGES

Doménec Torrent, técnico do Flamengo, está passando por uma fase turbulenta no time. Após a derrota por 5 a 0 contra o Independiente Del Valle, foi especulada, inclusive,  a possível demissão do treinador, mas o vice-presidente de futebol do clube, Marcos Braz, negou o rumor. Domènec foi auxiliar de Pep Guardiola por mais de dez anos, e na época em que Pep foi técnico do Bayern de Munique, também teve um início complicado.


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Thomas Muller, uma das referências do Bayern, foi um dos jogadores que comentou sobre o período complicado de Guardiola: “Eu reparei que todo mundo ocupa uma posição diferente da habitual”. Assim como Domènec faz com o Flamengo, Guardiola fez diversas mudanças no time alemão e foi muito contestado pelos próprios jogadores. Além de Muller, Arjen Robben também chegou a criticar o técnico: “Não dá para fazer um futebol mais complicado que este”.

Apesar de ter tentando manter seu estilo de jogo durante seu tempo no Bayern, Guardiola fez algumas mudanças e se adaptou ao futebol alemão após a derrota e eliminação da Champions League por 4 a 0 contra o Real Madrid. A equipe passou a fazer mais faltas, porém aumentou também o número de gols de cabeça. Mesmo sob críticas, durante os dois anos que comandou o Bayern, dos 161 jogos, conquistou 121 vitórias, 21 empates e apenas 19 derrotas. Seu aproveitamento foi de 79.5%.

Domènec Torrent esteve ao lado de Guardiola durante este tempo de comando do time alemão. Não apenas com este time, mas Dome foi auxiliar de Guardiola durante onze anos e conquistaram 24 troféus enquanto trabalhavam juntos. Deixando o companheiro para se tornar técnico, Dome foi para o New York City FC e ficou da metade de 2018 até o fim de 2019. Em julho de 2020, Domènec se juntou ao Flamengo. Pelo Rubro-Negro, já teve 11 jogos, sendo cinco vitórias, dois empates e quatro derrotas.

O próximo jogo do Flamengo será mais um desafio para Dome. Com o campeonato acontecendo em meio à pandemia do coronavírus, o Mais Querido tem seis infectados pela Covid-19. Tendo que substituir Diego Ribas, Mauricio Isla, Matheuzinho, Filipe Luís, Bruno Henrique e Michael, o técnico convocou mais quatro jogadores para o Equador, sendo eles Rodrigo Muniz, Guilherme Bala, João Lucas e Natan. Os infectados voltam ao Rio de Janeiro nesta segunda-feira (21). A partida será contra o Barcelona de Guayaquil, na terça-feira (22), no estádio Estádio Monumental Isidro Romero Carbo.

Ver comentários

  • Excelente comentário, conforme o próprio texto diz (Guardiola fez algumas mudanças e se adaptou ao futebol alemão após a derrota e eliminação da Champions League por 4 a 0 contra o Real Madrid), ou seja após a derrota acima Pep Guardiola reformulou seus
    conceitos se adaptou ao futebol alemão e se tornou o vitorioso que todos conhecemos,
    aqui se faz necessário que o Dome faça a mesma coisa, reformule seus conceitos se
    adapte ao futebol maravilhoso que esse elenco estava praticando e se torne um vitorioso
    isso é exatamente o que todos torcemos e esperamos.

  • Concordo, Cacarubronegro. O problema é essa chuva de palpites envenenadores, de ex-jogadores e pseudo-jornalistas. Eles querem que o Braz despeça toda a comissão técnica no Equador, em plena viajem. Aí, não dá. Tem que aguardar a reação do grupo, contra o Barcelona (e os fatores externos), voltar ao Brasil e decidir o próximo passo. Saudações.

  • Resumindo, jogador de futebol é igual em qualquer parte do mundo. É um ser humano como outro qualquer. Tem resistência à mudanças e dificuldades em assimilar o novo.
    Por isso tem que se dar tempo ao tempo. Vivemos hoje uma nova maneira de enxergar e executar futebol, que depende de tempo para assimilação. O aprendizado virá com a experiência. A experiência afetará positivamente a todos, inclusive a comissão técnica.
    Hoje, um provável insucesso faria parte dessa passagem, pois são dezenas de clubes buscando o mesmo objetivo. O normal é não conseguirmos todos os campeonatos. A melhor maneira de contrariarmos a normalidade é estando fortes nas competições. O sucesso estará diretamente ligado a como encaramos os momentos ruins e as mudanças.

    Por fim, A passagem do JJ pelo Flamengo foi um ponto fora da curva na história do futebol. Foi revolucionário e surpreendente por causa do curto tempo em que se desenrolou. Se por um lado foi ótimo, pois abrirmos os olhos para o que acontece no mundo, por outro foi péssimo porque muitos de nós acreditam enganosamente que isso é uma rotina facilmente repedida no futebol. Flamengo x JJ x 2019 nunca mais se repetirá na história do futebol.

  • Bom, deixa ver se entendi. Quer dizer que com esse time prontinho e campeão, temos que estar dispostos a perder a Liberta, Copa do Brasil e Brasileiro para que o DOME se adapte? Eu até entendo que ele precise de tempo para adaptação, mas tem um time campeão na mão e declarou que iria mexer aos poucos. Aí começaram as loucuras e os resultados pífios. E vamos ter que pacientemente esperar a adaptação dele? Me desculpem, mas o Flamengo é maior que ele, que é quem deveria se adaptar. Ano que vem o cavalo já pode ter passado selado. A pressão pelos nossos jogadores continua intensa e vamos abrir mão dos títulos e das possibilidades do atual elenco pela adaptação do técnico? Há controvérsias.

  • Oligarca Conservador, esses comentaristas de futebol e ex-atletas me fazem lembrar certas cenas do filme "o homem que mudou o jogo".
    Eles são a cópia daqueles olheiros, apegados ao modo "tradicional" de se fazer baseball e principalmente aos seus empregos. Totalmente avessos à mudanças, simplesmente porque não as entendem e sabem que ficarão fora do mercado.

    Aliás, recomendo esse filme a todos que gostem de esportes.
    Moneyball ( O homem que mudou o jogo ) - 2011

  • Não, Leandro Martins, você realmente não entendeu.

    Não é um time que está pronto e que tem que se adaptar ao novo treinador.
    O time prontinho e vencedor de 2019 não existe mais. Esse elenco do Flamengo não é mais aquele time vencedor de 2019, pelo principal motivo: Jorge Jesus, o mentor e comandante do time abandonou o projeto. Abandonou o time e não deixou nenhuma pista de como fazer para repetir os métodos de treinamento e as ideias de jogo.
    O Flamengo hoje é um time que perdeu seu treinador, que tinha um jeito único de treinar e comandar. Não existe uma réplica do JJ no planeta terra.
    Portanto, o Flamengo é o mesmo elenco que precisa ser um novo time. Um novo time para ser novamente vencedor, mas de uma maneira nova.
    Jorge Jesus está no Benfica. Se quisermos ver aquele time de 2019, teremos que mandar os jogadores do Flamengo para Portugal vestirem a "camisola" do Benfica.

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  • Marcos Fla, valeu pela dica. Os próprios torcedores do Benfica, quando Jesus estava no Flamengo, comentavam em tom debochado que ia tudo bem na "primeira época" (leia-se temporada), mas na "segunda época" os maus resultados iam vir. É claro que queremos o Flamengo bem em várias temporadas seguidas, mas aqui, no Brasil, isso é difícil hoje em dia.

  • Tiago. Desculpa, mas não concordo. O material humano é o mesmo e, grosso modo, são os melhores dos Brasil em suas posições. O que não sabem é jogar fora delas. O catalão prometeu ir devagar, mas não cumprir e o resultado é esse, patrocinado pelo próprio. O Bayern é outra realidade, pode se dar ao luxo de abrir mão de um campeonato pois ganha quase todo ano. Aqui o buraco é mais em baixo. Se não montar, o cavalo passa selado. Ano que vem o elenco pode não ser mais esse, nem ter esse potencial.

  • Não adianta tentar passar pano em um id.iota que enche o time de atacantes e tira todos os meias.
    Chega de conversa e justificativa: FORA DOMENEC!
    E, se ficar de onda: FORA BRAZ!
    Um macaco a beira do campo é melhor que esse maluco.