FOTO: SATIRO SODRE/SSPRESS
O Clube de Regatas do Flamengo foi denunciado ao Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (COB) acusado por atletas e equipes adversárias por ser beneficiado pela Confederação Brasileira de Remo (CBR). Isso porque, o atual técnico da Seleção Brasileira, Bernhard Stomporowski, e o diretor técnico da Confederação, Marcello Varriale, trabalham também para o Mais Querido.
Desse modo, segundo a coluna ‘Olhar Olímpico’, do Uol Esporte, as denúncias contra o clube da Gávea dão conta de que as decisões técnicas da confederação de remo visam beneficiar o Flamengo já que Stomporowski é assalariado pelo Fla e Varriale é gerente de esportes náuticos do Rubro-Negro.
Ainda de acordo com o portal, quatro dias antes da seletiva que aconteceu no fim de semana passado, no Rio de Janeiro, os atletas foram comunicados que a etapa aconteceria de forma individual. Conforme relatado pelo jornalista Demétrio Vecchioli, as alterações de última hora nas tomadas de tempo acabaram impactando no desempenho dos rivais do Fla, que não haviam treinado pensando neste “critério”.
“As provas são realizadas em 2 mil metros, com os barcos largando parados […] atletas foram informados que as tomadas de tempo seriam feitas individualmente, com largada lançada e na distância de 1.900 metros. É como se a seletiva dos 100m na natação fosse feita com os atletas começando a nadar do meio da piscina. Ninguém dos clubes rivais do Flamengo havia treinado pensando nesse critério”, explicou o colunista.
Além disso, por conta dos funcionários que também têm ligação com a Seleção Brasileira ou Confederação do Remo, o Rubro-Negro é acusado de que ambos os dirigentes têm tentando convencer atletas do Brasil a se transferirem para o clube carioca. A denúncia ao Conselho de Ética cita duas remadoras: Luana Gonçalves e Dayane Pacheco dos Santos, que eram do Botafogo.
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CONFIRA TRECHO DA DENÚNCIA:
“De forma inescrupulosa, Marcello Varriale se reuniu privativamente com as citadas remadoras, na sede náutica do Flamengo, quando as aliciou, assediando-as a trocarem de clube, oferecendo valores e condições para que passassem a remar pelo Flamengo. Marcello Varriale usou o seu cargo de coordenador técnico da CBR para atuar, maliciosamente, em defesa dos interesses de seu clube empregador. Segundo as atletas, a proposta sugeria uma facilidade de ingressar na Seleção Brasileira, visto que, estando no Flamengo elas estariam treinando com o treinador da seleção e poderiam ser inseridas nos projetos elaborados por ele mesmo para competições internacionais”.
O Flamengo, por sua vez, nega as informações e afirma que as duas atletas em questão procuraram o clube “insistentemente”. Já a Confederação Brasileira de Remo diz não reconhecer a denúncia ao COB e reitera que “não aceitará que o exercício da função de técnico de seleção seja utilizado para beneficiar um clube ou outro e que, se tiver conhecimento de tal fato, tomará as providências cabíveis imediatamente”.