FOTO: ALEXANDRE VIDAL/FLAMENGO
Por: Guilherme Calvano
Depois de duas temporadas com apetite no mercado, o Flamengo, em meio a outra realidade em tempos de pandemia, adota estilo mais conservador para reforçar seu elenco. Sob aval de Rogério Ceni, o vice-presidente de futebol do Mais Querido, Marcos Braz, e o diretor executivo, Bruno Spindel, trocam a agressividade nos negócios pela cautela. O objetivo do Rubro-Negro nesta janela é se atentar as chamadas ‘oportunidades de mercado’.
Com dinheiro apertado em caixa, o Clube da Gávea vê o zagueiro Bruno Viana como modelo para futuras contratações. Pouco utilizado no Braga, o defensor chegou por empréstimo até o fim da temporada, com opção de compra dos direitos econômicos no valor de 7 milhões de euros (aproximadamente R$ 48,5 milhões na cotação atual). O jogador de 26 anos, com isso, foi trazido sem custos (tirando o salário) e com boa expectativa, já que viveu bons momentos e mostrou bom futebol em Portugal.
Pelo fato do elenco rubro-negro ser considerado acima da média, com atletas de renome e consagrados, além de jovens promissores, o clube observa com calma o mercado e procura não se afobar nas movimentações. Com a volta de Rafinha bem encaminhada, o Mengo estipula a chegada de mais reforços. Ceni, juntamente com a cúpula de futebol traçaram como meta a contração de três jogadores para diferentes posições: goleiro, meio-campo e ataque.
Vale destacar que o treinador, depois de curtir alguns dias de descanso, antecipou o retorno aos trabalhos e já começou a intensificar as conversas, sobretudo com Braz, para tais ajustes no elenco. A tendência é que nas próximas semanas, reforços sejam anunciados.
-Acompanhei os dois jogos do Carioca, as duas vitórias. Aproveitei cinco dias para descansar e visitar meu pai. Achei que deveria voltar um pouco mais cedo para organizar a parte de pré-temporada, treinamentos… Temos jogos decisivos já, como a Supercopa, dia 11. Depois estreia de Libertadores… Quero também acompanhar os treinos, ajustar algumas coisas com os garotos. Alguns já conheço, outros estavam nas categorias de base -, disse Ceni à FlaTV.
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Necessidade de fazer caixa
Em virtude da pandemia do novo coronavírus, a receitas do Flamengo acabaram comprometidas. Por isso, mais importante que a contratação de novos jogadores para a diretoria é a manutenção das estrelas e dos atletas já consagrados no clube. Apesar de não haver nenhuma negociação em curso no momento, existe o temor de que algum dos astros tenha de ser vendido em um futuro próximo para que a instituição faça caixa. Marcos Braz, inclusive, já admitiu tal possibilidade.
– A nossa estimativa é de perder um jogador. Desse tamanho, de titular absoluto. A nossa análise é pra que aconteça somente isso em relação a um jogador. Evidente que a gente vai trabalhar pra que isso não aconteça, nem que esse ‘um’ saia daqui. Mas a gente tem números para serem alcançados -, disse em entrevista ao “Canal Rica Perrone”.