FOTO: GILVAN DE SOUZA / FLAMENGO
A temporada de 2020 foi de desafios para o Flamengo. O Rubro-Negro realizou altos investimentos, mas não contava com a pandemia da Covid-19, que tirou público dos estádios e diminuiu consideravelmente a receita de sócios-torcedores – saiu de 151 mil para 61 mil. Sendo assim, o Fla reconhece que encontrará novas dificuldades em 2021.
O Flamengo esperava contar com públicos novamente ainda em 2021. Contudo, a pandemia atingiu o seu pior estágio no Brasil, e o vice-presidente de finanças do Rubro-Negro, Rodrigo Tostes, reconhece os desafios do clube carioca ao longo desta temporada. Em entrevista ao GE, o dirigente apontou a necessidade de os times nacionais voltarem a ter receita de públicos pagantes.
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— O desafio maior de 2021 é o nível de incerteza que temos sobre as mesmas receitas que perdemos em 2020. Nenhum time do tamanho do Flamengo sobrevive sem bilheteria. Precisa. É parte fundamental. Entendemos que não dá para voltar o público agora por causa da situação que vivemos, mas não é sustentável ter as despesas que clubes como o Flamengo têm e não ter uma das suas principais receitas. É um desafio enorme em 2021: manter a estabilidade financeira e ao mesmo tempo se manter competitivo. Não é um problema exclusivo do Flamengo -, disse o dirigente.
— Vai ser um ano difícil, as pessoas precisam entender. O torcedor precisa entender, a administração precisa entender. O orçamento foi montado em outubro, com outra perspectiva. Aí perguntam se não estamos sendo muito otimistas. A curva de contágio mudou. Eu posso colocar que não vamos ter nada de receita, e aí vão dizer que é muito pessimista. Precisamos de resiliência, seguir tendo capacidade financeira para cumprir os objetivos e compromissos, sem colocar em risco o plano de vencer tudo, que é o que queremos. Nesse momento não podemos dar passos maiores do que as pernas. E não vamos. Não pode. Primeiro temos que saber se vamos poder cumprir os compromissos -, encerrou.
O Flamengo arrecadou R$ 670 milhões em 2020, mesmo com as dificuldades impostas por conta da Covid-19. O Rubro-Negro irá divulgar uma nova projeção para 2021, pois reconhece que a feita anteriormente não poderá ser cumprida, até por que a curva da contaminação do novo coronavírus voltou a ficar elevada. Até o final deste mês, o Fla irá divulgar o balanço financeiro desta temporada.
Com mais de 40 milhões de torcedores, o C.R Flamengo é uma potência sem igual na América do Sul, mas precisa ser repensado o modelo de gerir receitas do clube. Em primeiro, há a necessidade de mais TRANSPARÊNCIA. Há algumas ações que precisam ser explicadas no clube. Cito, por exemplo, o uso da corretora Genial Investimentos acoplada ao Banco Digital da Nação Rubro- Negra para captar investimentos dos torcedores rubro-negros que querem ajudar o clube. Conheço torcedores do clube que injetaram 100 mil reais nessa corretora por meio de TEDs enviados diretos do Banco Digital da Nação Rubro-Negra e estão trabalhando em investimentos nela( que não é a melhor do país, diga-se de passagem, porque a Clean, por exemplo, tem uma melhor relação custo-benefício). Dessa grana, quanto retorna para o Mais Querido como benefício real?Vi um diretor do BRB falando para a torcida fazer cartão de crédito para ajudar o clube, mas não se fala nada se o aporte do dinheiro na corretora Genial Investimentos, que está atrelado ao Banco Digital Nação Rubro- Negra, renderá algum benefício para o clube. Enfim, são muitas perguntas sem respostas para os torcedores que querem ajudar o Mais Querido. Para completar, a diretoria ainda resolve dar o Natan de graça para o RB Bragantino