FOTO: LUCAS FIGUEIREDO/CBF
A reunião entre CBF, federações e clubes, realizada de forma remota no dia 9 de março e vazada pelo jornal ‘O Dia’, continua esquentando os bastidores do cenário esportivo nacional. Em uma segunda parte divulgada nesta quarta-feira (24), o presidente da entidade máxima, Rogério Caboclo, engrandeceu projetos e ações realizadas pelo futebol ao longo da pandemia, reforçando, inclusive, que algumas dessas práticas deveriam ser de responsabilidade do governo federal.
Ainda de acordo com Caboclo, a CBF investiu junto aos clubes e federações cerca de R$ 30 milhões por 90 mil testes. E considerou, ainda, que o ‘êxito’ no cumprimento de protocolos só foi possível pela união e voluntariedade de todos – citando o Flamengo como exemplo de camisa gigante, mas que para esse objetivo em específico foi tratado quase igual ao peso clubes rebaixados.
– A CBF e as Federações junto aos clubes fizeram um trabalho lindo, maravilhoso e vou dizer que é indefectível. Quando demonstraram todo trato, desde camisas às ações sociais, agiram de forma muito plural. Como poucos ramos da sociedade fizeram, desde governos municipais, de estado ou até federal. Fizemos funções sociais que ninguém fez. O fato é que praticamos aquilo que o governo deveria ter feito. Objetivamente, a CBF, junto com federações e clubes, fizeram 90 mil testes e gastaram R$ 30 milhões.
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– Em competições nacionais, não reduziram uma única partida e eu ouvi isso de um dos maiores dirigentes do futebol do mundo. Ninguém fez isso. Como é que vocês fizeram? Com vontade, vigor, voluntariedade de clubes e federações porque estávamos unidos. O Flamengo tem uma camisa gigante, mas aqui ele é tratado igual a uma camisa, quase igual, o que foi rebaixado. O Oeste de Itápolis, o Oeste de Barueri. Não diferenciamos nenhum clube, não existe o gigante, não existe o pequeno. Nós tratamos os clubes de forma equânimes, cada um com seu potencial econômico e financeiro.
O presidente da CBF concluiu ressaltando a importância do trabalho em conjunto: “Cada um vai merecer o seu respeito e o seu valor financeiro na sua negociação coletiva. Se não houver negociação coletiva, perde o Brasil. Perdem os clubes do Nordeste, do Rio, que nunca vão se equiparar. Perde o Vasco, o Botafogo, o Fluminense… e eu elevo o Flamengo ao status que merece hoje. Perdem os clubes de São Paulo”.
Na última terça-feira (23), tornou-se público um vídeo em que Caboclo admitia que a CBF, apoiada pela Globo, é contra a paralisação dos jogos no Brasil e, que se fosse preciso, mandaria no futebol nacional para impedir a interrupção de competições. A emissora logo se posicionou afirmando que segue respeitando as orientações das autoridades competentes e de organizadores.
“Como vem fazendo desde o início da pandemia há mais de um ano, segue respeitando as orientações dadas pelas autoridades competentes e acompanhando as decisões dos organizadores das competições”. Entendemos que o momento é de cautela, e que a prioridade é a segurança de todos. Vamos seguir e respeitar todos os protocolos que forem definidos e decididos pelas entidades“ – garantiu a emissora em nota oficial.