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A venda de Gerson, para o Olympique de Marselha, e outras negociações no início desta temporada – como o caso de Natan – ligaram o alerta e chamaram atenção para o lado financeiro do Flamengo. Contudo, ainda há um equilíbrio entre entradas e saídas. De acordo com Rodrigo Capelo, apesar da estratégia agressiva para o futebol em tempos de pandemia ter feito o endividamento aumentar, o clube ainda se mantém no eixo.
Na análise feita para o Globo Esporte, Rodrigo deixa claro que por mais que o Flamengo tenha atingido o maior faturamento do futebol nacional, os custos para mantê-lo ‘em outro patamar’ são altíssimos e que há, ainda, muito atleta de qualidade para receber salários e investimentos.
– Nos direitos de transmissão, a pandemia gerou uma anomalia na maneira com o dinheiro é registrado por clubes de futebol em seus balanços. Uma vez que o Brasileiro foi encerrado em 2021, parte relevante dos pagamentos só aparecerá nas demonstrações financeiras no ano seguinte.
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– Do valor referente às televisões aberta e fechada, 30% estão condicionados à posição na tabela. E o Flamengo foi campeão. Significa que há R$ 35 milhões adiados para a contabilidade do ano seguinte. Este dinheiro não foi perdido, só adiado.
O lado mais prejudicado pela pandemia certamente é o que envolve bilheteria. Em 2019, por exemplo, o Mengo faturou R$ 109 milhões com ingressos. No ano seguinte, o valor caiu para R$ 27 milhões. E o programa Sócio-torcedor não aumentou de maneira significativa.
Os dirigentes, no entanto, investiram pesado na área comercial – o Flamengo aumentou o lucro em R$ 20 milhões de 2019 para 2020 no setor. A parte envolve licenciamentos em geral, patrocínios do futebol e incentivados dos esportes olímpicos. Outro fator que proporcionaram valores superlativos foram as transferências de atletas (R$148 milhões).