Multicampeão, status de ídolo e um dos maiores goleiros da história, Diego Alves completa quatro anos de Flamengo

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IMAGEM: ARTE DE FAEL DORNELES

Por Tulio Rodrigues

Em 17 de julho de 2017, o Flamengo anunciava através das redes sociais, a contratação de Diego Alves, 32 anos. Após trazer Guerrero, Diego Ribas e o recém chegado na ocasião, Everton Ribeiro, a direção da época ia formando a espinha dorsal que viria enfileirar títulos pelo clube anos depois, tendo o goleiro como um dos grandes destaques. Neste sábado (17), o arqueiro completa quatro anos de Mais Querido.


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Fala, galera. Sou o Diego Alves, novo goleiro do Valen… opa, novo goleiro do Flamengo. Estou aqui para anunciar minha nova contratação. A partir de hoje sou o novo integrante da nação e faço parte desse grupo maravilhoso. Minha aprentação é hoje às 18h na Gávea. Podem ter certeza de que vou fazer de tudo para conseguir todos os objetivos com todos os jogadores e vocês da nação.

Essas foram as primeiras palavras de Diego Alves como jogador do Flamengo. Sua estreia aconteceu 13 dias depois, no dia 30 de julho, no empate em 1 a 1 com Corinthians, no Itaquerão, pela 17ª rodada. Ainda em 2017, sem poder atuar pela Copa do Brasil, competição que o Mais Querido foi finalista, o goleiro quase conquistou a Copa Sul-Americana. O título bateu na trave na decisão contra o Independiente. Após perder na Argentina por 2 a 1 e empatar no Maracanã com um gol para cada lado, a taça ficou com o adversário.

Em 2018, muitas crises, polêmicas e cobranças. O Fla chegou a estar na primeira colocação do Brasileirão até a parada para a Copa do Mundo. Quando voltou a jogar, perdeu a ponta e teve que se contentar com a classificação para Libertadores do ano seguinte. Com as chegadas de Rodrigo Caio, Pablo Marí, Rafinha, Filipe Luís, Gerson, Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol, Diego Alves, um dos líderes do elenco e também capitão, conquistaram o Carioca, a Libertadores e o Brasileirão. Um ano histórico! Depois de 1981, 2019 é alçado como o melhor ano Rubro-Negro.

Consolidado no clube, Diego Alves seguiu erguendo troféus. Após o retorno do futebol por conta da pandemia, conquistou o seu segundo Campeonato Carioca no ano seguinte. Mas a temporada não foi tão boa para o arqueiro. Tirando 2017, quando disputou somente 24 partidas, já que chegou com a as competições em curso, 2020 foi o ano em que fez menos partidas com o Manto Sagrado. Por conta das constantes lesões, entrou em campo somente 29 vezes. Foram 10 no Brasileiro e Carioca, quatro pela Libertadores, duas pela Recopa Sul-Americana e Copa do Brasil e mais uma pela Supercopa do Brasil. Em seu lugar, viu surgir o jovem Hugo Souza, que fez mais partidas na conquista do Brasileirão, o oitavo da história do clube.

Após idas e vindas, renovou o seu contrato por mais uma temporada. Cercado de desconfiança por conta do histórico de lesões recentes, vem sendo um dos principais jogadores na atual temporada, aos 36 anos. Até este sábado, Diego Alves já jogou 21 vezes. Indo neste ritmo, deve ultrapassar o número de partidas do ano anterior. Na conquista da Supercopa do Brasil, na final contra o Palmeiras, foi das mãos do camisa um que saíram as defesas do pênaltis que deram o título. Depois, o tri Carioca. Fora as grandes atuações como na vitória por 1 a 0 contra o Defensa, na Argentina, pela Libertadores.

Com 180 jogos defendendo o Manto Sagrado, o Flamengo se tornou o clube que Diego mais jogou na carreira e também o que mais venceu. Antes, só havia conquistado o Campeonato Mineiro, em 2017, pelo Atlético-MG. Pelo Valência, equipe que lhe deu status na Europa de pegador de pênaltis, após defender cobranças de Messi e Cristiano Ronaldo, foram 175 partidas. O “Paredão” Rubro-Negro ainda tem passagens pelo Almería, também da Espanha.

Quatro anos depois, Diego Alves carrega o status de ídolo e símbolo de uma era de conquistas. Assim como Raul, goleiro campeão Mundial e da Libertadores de 1981, o atual camisa um também se faz lembrar pelo Manto amarelo. A relação com a torcida é de amor e também de rusgas, mas dos 45 milhões de apaixonados Rubro-Negros, 99 % gosta do homem do “cafezinho”. O 1% é somente a constatação de que nada é unânime, pois como dizia Nelson Rodrigues, “toda unanimidade é burra”.

Com o camisa um relacionado, o Flamengo volta a campo neste domingo (18), às 18h15m, no Pituaçu, para encarar o Bahia, em partida válida pelo Brasileirão. Você pode acompanhar o jogo pela transmissão mais Rubro-Negra da internet, no Coluna do Fla, via Youtube, com Rafael Penido no comanda da narração.

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