FOTO: YURI SOBRAL/COLUNA DO FLA
Em 2021, o Flamengo terá eleição para presidente para o próximo triênio (2022-2024) e no último dia 31 de agosto, foi dado o início oficial dos trâmites estatutários do processo eleitoral. No primeiro ato, o presidente do Conselho de Administração divulgou a Relação de Eleitores aptos a votar no pleito com 7.031 sócios, uma diminuição em relação a 2018, quando 8.026 puderam eleger o novo mandatário. A informação foi divulgada inicialmente pelo blog “Ser Flamengo“. Nesta quinta (02), o grupo político Sócios Pelo Flamengo divulgou uma nota criticando a diminuição do Colégio Eleitoral do clube e apontando os possíveis motivos.
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Segundo o grupo, um das razões se deve ao aumento da mensalidade da categoria Off-Rio, modalidade exclusiva para torcedores que moram fora do Rio de Janeiro se associarem ao clube. O valor mensal saltou de R$ 52,00 para R$ 181,00. Há também críticas a não adoção do voto à distância, que virou lei após o início da pandemia. Os candidatos de oposição também defendem a media.
CONFIRA A PUBLICAÇÃO:
Nota do SóFLA sobre a Redução do Quadro Eleitoral do FLAMENGO. pic.twitter.com/qUBgyLBIZ4
— SóFLA (@SociosPeloFla) September 2, 2021
CONFIRA A NOTA NA ÍNTEGRA:
“Rio de Janeiro, 02 de setembro de 2021
Uma das mais importantes bandeiras do SóFLA é a ampliação do quadro de associados do FLAMENGO c, com isso, o aumento do colégio eleitoral e da própria Democracia.
O número de associados com direito a voto em 2021 (7.031), infelizmente é menor do que o número de aptos a votarem em 2018 (8.026) o que nos causa tristeza, mas não surpresa.
Há um claro projeto em andamento para transformar o FLAMENGO em um feudo, dominado por uma elite contrária à abertura do clube aos verdadeiros donos: sua nação!
Esse projeto teve seu início ainda em 2019, quando começaram os sucessivos aumentos das mensalidades dos sócios Off Rio. Em dezembro de 2018 esse associado pagava mensalmente o valor de R$ 52,00, e hoje, menos de três anos depois, e no meio de uma pandemia, esse associado paga R$ 181,00. Um injustificável e elitista aumento de 250% centenas de associados dessa categoria foram excluídos do clube por esse absurdo. Sempre bom lembrar que o sócio Off Rio tem direito de frequentar o clube por apenas 30 (trinta) dias durante o ano.
Não bastassem os absurdos aumentos, há proposta de emenda em andamento limitando o número de sócios Off Rio em apenas 600 associados. Mas isso não é o mais grave! O mais grave é o descumprimento do inciso IV, do artigo 22, da Lei 9.615 que torna obrigatório o voto à distância, sob o raso pretexto de que o estatuto não pode ser alterado em ano eleitoral, “esquecendo” que em relação à LGPD até parecer externo foi contratado para dificultar o acesso dos candidatos de oposição à base de sócios.
Ora, a Lei que incluiu a obrigatoriedade do voto à distância é do ano de 2020 e nenhum estatuto, inclusive o do FLAMENGO, se sobrepõe à Lei.
Frisamos que desde 2013 o SÓFLA apresentou propostas de reforma do estatuto que já contemplavam o voto à distância e a ampliação do quadro de associados. Tais propostas estão paradas no Conselho Deliberativo, desrespeitados todos os prazos estatutários de tramitação.
A redução do conjunto de eleitores é lamentável, não conjuntural, mas estrutural e planejado pela atual diretoria, O FLAMENGO só é o maior por conta dos milhões de torcedores espalhados por todos os cantos do País e do mundo. Graças a esses torcedores temos argumentos para negociar melhores cotas de TV e patrocínios, por exemplo. Essa política de exclusão e de afastamento constitui grave ameaça à Democracia rubro-negra!
A Democracia se faz com a participação de todos, sem impor limites desnecessários, sem interpretações restritivas ou equivocadas de Leis. Não se pode macular a história democrática e centenária do FLAMENGO por projetos de poder mesquinhos e elitistas“.
Por quê essa turminha do contra só aparecem pra filosofar em ano eleitoral? Eles tem 48 meses pra criticar e contribuir com ideias e participações mas só aparecem aos 90 dias das eleições.