Fabiano de Abreu: “Diferenças culturais entre brasileiros e portugueses podem influir na escolha do novo técnico”

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Analisando o depoimento do técnico Carlos Carvalhal, sobre a importância da família para definir o futuro da carreira, e a decisão tomada pelo Jorge Jesus, somando ao fato de que estou vivendo em Portugal, posso definir a cultura e o pensamento que os brasileiros às vezes podem não entender.

Aqui existe uma força da família muito grande. É comum que as pessoas mantenham essa união entre seus núcleos, tanto que essa tradição se observa não apenas na cultura e na história, mas também se explica com o frio. Neste período, é muito comum ficar mais tempo dentro de casa junto com seus entes queridos.

A questão financeira também é interessante de ser observada. Culturalmente falando, não existe na personalidade do português sentimentos como ganância e vaidade da mesma maneira. Isso tem relação com a ansiedade e questões sociais que são diferentes em ambos os países. Já com relação àqueles que saíram de seu país para fora, estes tinham o desejo de ganharem fortunas e por isso partiram para outras nações.

Aqueles que ficaram em terras lusitanas são fruto de uma cultura baseada no bem-estar. Basta observar como as casas são grandes e confortáveis. As pessoas, em geral, nutrem o desejo de preferirem os passeios em família, principalmente em parques de natureza. Isso revela os tipos de escolhas e os privilégios que eles querem para suas vidas.


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Como disse, a questão financeira não é o único determinante para um português escolher seu caminho profissional. E isso fica bem claro quando se observa a manifestação de Carvalhal e no que foi baseada a decisão de Jorge Jesus ao voltar para Portugal. Além desse contexto, os lusitanos também temem muita pela insegurança existente no Brasil.

A razão disso é que, como o país recebe muitos brasileiros, eles vêm para cá dizendo que o principal problema do Brasil é a violência. Logo, os portugueses pensam que estão diante de um país extremamente violento e arriscado para se viver, o que nem sempre se aplica na prática, mas gera o receio. Isso certamente pesa na decisão de contratar um técnico estrangeiro, principalmente se ele for português.

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