O ano de 2022 chegou com grandes expectativas para o time e para a torcida do Flamengo. Depois de um 2019 espetacular e um 2020 vencedor, 2021 foi bem diferente, com eliminações nos principais torneios e uma ciranda de técnicos. Ano novo, vida nova, e a chegada de Paulo Sousa traz a esperança de reeditar a equipe dos sonhos comandada por outro lusitano.
Mas no futebol, nada está garantido. Há desafios, obstáculos, e se o Flamengo realmente quiser ganhar tudo (de novo) precisa estar atento a diversos detalhes.
A régua baixa do estadual
O campeonato carioca é uma faca de dois gumes. Não serve como parâmetro confiável para analisar a maturidade do time e, por isso, vencê-lo não quer dizer que está tudo perfeito. Por outro lado, perder o caneco também pode significar um desastre, com direito a críticas, suspeitas e muita pressão. Enfim, o Flamengo tem “pouco” a ganhar, mas muito a perder no torneio estadual.
Chegadas e saídas
Nos últimos anos, o Rubro-Negro tem sido um imã de bons jogadores. Nomes de nível europeu como David Luis, Felipe Luis e Andreas Pereira aceitam jogar no Brasil basicamente porque é no Flamengo – quem não quer ser ídolo da maior torcida do país? Mas comprar e vender faz parte do negócio futebol e, em algum momento, talentos sairão. Gabigol já teve propostas, e outros também terão. Saber a hora certa de abrir mão de um craque pode ser a diferença entre a vida e a morte em uma competição.
O poder do banco
O sucesso da temporada 2022 passará pelo gerenciamento do elenco. Na reta final do último Brasileirão, houve diversas baixas, tanto físicas como técnicas, por conta do calendário apertado. Algo criticado até pelo moderno Jürgen Klopp, cuja opinião foi comprovada em um estudo sobre seu time, o Liverpool, que relacionou o excesso de partidas com a queda de desempenho dos atletas. A solução, na falta de uma agenda mais racional, será rodar o elenco, preservando as energias e os craques para os momentos-chave.
O poder do banco 2
O treinador também será fundamental para atingir os principais objetivos na temporada. A escolha de Paulo Sousa, ainda que cercada de algumas polêmicas, parece ter sido feita de maneira mais estruturada e calculada. É bem verdade que o plano A, Jorge Jesus, já viria com o sucesso passado no currículo mas, por outro lado, a eterna comparação poderia ser um fardo. Paulo Sousa certamente chega motivado, já que pagou do bolso uma multa considerável para vir treinar o maior do Brasil. Não teria todo esse trabalho (e despesas) se não achasse que pode dar certo. E, a tiracolo, trouxe uma equipe de apoio que pode agregar bastante em termos de desempenho, preparação e análise.
Os rivais da vez
Não haverá conquista sem superação de rivais. E como eles chegam em 2022 é parte da equação que definirá o sucesso da temporada. O Atlético Mineiro terá novo técnico e perderá algumas peças. Conseguirá reposições à altura? O Palmeiras deverá vender alguns atletas na janela de meio de ano, quando talvez até mesmo seu técnico saia. Rivais adormecidos – como Corinthians e Fluminense – já contam com reforços e podem engrossar partidas. Ou não. O Flamengo é habituado a bater grandes times. Às vezes parece até que prefere jogar tudo que sabe contra os grandes, tropicando às vezes em alguns pequenos… O Rubro-Negro precisa retomar a consistência de desempenho que fez dele o rolo compressor de 2019.
Galera jogando junto
É indiscutível que o Flamengo tem uma força que ninguém mais possui: sua torcida, a maior do Brasil. Quando o time consegue entrar em sintonia com a arquibancada, o poder que emana de fora para dentro do campo é algo surreal. A torcida do Flamengo pode ser a diferença em um jogo complicado, dando a energia que a equipe precisa para buscar o gol e a vitória. E, como qualquer flanático sabe, é uma delícia torcer para o Mengão. É só ele dar uma chance, e a galera joga junto!
“A solução, na falta de uma agenda mais racional, será rodar o elenco, preservando as energias e os craques para os momentos-chave.” E a galera caindo de pau no Dome!!!