Áudios e prints vazados na web mostram Kroll como sócio emérito do Alvinegro e apontam para divergências com Marcelo Vido. VP se posicionou por meio de nota e nas redes sociais.
Por: Túlio Rodrigues e Ana Beatriz Zayat
Alguns assuntos têm movimentado bastante os bastidores do Flamengo neste início de 2022. Entre eles, duas polêmicas recentes envolvendo, principalmente, Guilherme Kroll, vice-presidente de Esportes Olímpicos do clube. Uma, sobre a possível saída de Marcelo Vido, diretor executivo da pasta, e a outra sobre uma carteirinha de sócio emérito do Botafogo. Nesta quinta-feira (06), a reportagem do Coluna do Fla confirmou o posicionamento diante das questões mencionadas. O VP, por sua vez, não pretende comentar diretamente o assunto neste momento.
Não é de hoje que existem ‘ruídos’ na relação entre Guilherme Kroll e Marcelo Vido. As antigas divergências foram, inclusive, apontadas como a principal razão para que o VP dos esportes olímpicos pedisse a saída do diretor – segundo informações dadas inicialmente pelo site ‘Ninho da Nação’. Sabe-se, também, que as questões sobre a possível demissão ficaram em segundo plano, para serem resolvidas após a eleição e férias dos dirigentes.
Em apuração, o esclarecimento dado a reportagem negou qualquer solicitação pela demissão de Marcelo Vido, visto que, de acordo com o posicionamento, Kroll não tem autonomia para pedir a saída. Mas, que houve uma solicitação para necessidade de um profissional que acompanhasse os Esportes Olímpicos aos finais de semana, fora do horário comercial.
O posicionamento corrobora o que foi esclarecido recentemente em nota, apesar das controvérsias em relação ao que ocorre nos bastidores. Na colocação, Guilherme Kroll ataca os jornalistas responsáveis pela cobertura do clube: “Confesso que tive enorme dificuldade em decodificar uma matéria do site ‘Ninho da Nação’, aonde o diretor executivo dos Esportes Olímpicos do Flamengo, Marcelo Vido, estaria desejando sair do clube por divergências comigo. É importante enfatizar que não existem “aspas” dele. Esse é o novo modelo de jornalismo que temos que entubar. Alguém ‘acha’ alguma coisa… e viraliza na internet. Simples assim”.
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(…) Meu respeito pelo profissional Marcelo Vido é estratosférico. Sempre externei isso em todas as reuniões gerenciais. Trabalhei com ele no Flamengo (anos 80) e na Pirelli (anos 90). Disse, inclusive, que se o Flamengo o perdesse, teria dificuldades em repor com outro profissional da mesma qualificação.
Em segundo lugar, prezo pela história do clube. O Vido, que é engenheiro e tem formação em projetos, estruturou os Esportes Olímpicos através das Certidões Negativas (CND’s) que o clube conquistou na Gestão Bandeira (…).
(…) Assumi a VP de Esportes Olímpicos do Flamengo no último ano da primeira Gestão Landim. Segui, rigorosamente, a estrutura encontrada. Observei o funcionamento do clube e me senti muito orgulhoso em estar aprendendo com Marcos Brás / Bruno Spindel, Dunshee / Panza, Gustavo Oliveira / Marcos Senna, Gustavo Oliveira / Bernardo Monteiro, Gustavo Fernandes / Luis Paulo, etc (…).
O Marcelo Vido jamais se queixou de qualquer coisa. Nunca demonstrou ter problemas com minhas cobranças. Meu respeito por ele permanece intacto. Só passei para o clube que necessito de um parceiro mais presente na próxima Gestão. Se não quiserem, não tem problema algum. Continuarei sobrecarregado com tarefas que não deveriam serem minhas. Tudo continuará a funcionar. Os gerentes estão afiados e felizes (…) As mudanças necessárias estão nas atitudes… não nos nomes das pessoas envolvidas”.
Marcelo Vido chegou ao Flamengo no final de 2012 e foi um dos grandes responsáveis pelo salto do clube nos esportes olímpicos. Envolvido, inclusive, diretamente no título mundial de basquete, em 2014. O atual diretor executivo chegou ao Rubro-Negro no período que Alexandre Póvoa, vice-presidente à época, alterou o modelo de gestão de investimentos no setor.
Nesta quinta-feira (06), Guilherme Kroll, VP de Esportes Olímpicos do Flamengo, se envolveu em outra polêmica, mas desta vez sobre seu passado. Fotos do dirigente com a camisa do Botafogo e carteirinha de sócio emérito do Alvinegro circularam nas redes sociais e causaram alvoroço entre torcedores.
Em sua conta pessoal do Instagram, Kroll divulgou um registro de seu cartão de frequência no basquete do Flamengo, cadastrado em julho de 1973, para esclarecer e se justificar sobre o tema envolvendo seu passado no Botafogo, rival direto do Rubro-Negro.
“Já que tem gente curiosa sobre minha vida esportiva, que sempre foi pública, entrei para o basquete do Flamengo em 1973. Apesar de ser filho de botafoguense, sempre morei perto da Gávea e meus amigos jogavam na Gávea. Como o infantil do Flamengo era muito forte, não consegui vaga no time e meu pai me levou para o Botafogo, aonde fui atleta e técnico do mirim, até 1979, quando o Kanela me resgatou para brilhar no meu clube de coração.
É claro que fiz amigos por lá, mas não gostei do que vivi e meu pai, que era botafoguense, virou flamenguista para poder me acompanhar. Fui um raro caso de filho influenciando o pai em termos de futebol. Vivi os anos 80 por dentro e o Flamengo se tornou o grande amor da minha vida. Por força da minha profissão, trabalhei em outras entidades. Como dirigente de federação, chefiei delegações, como convidado, de clubes rivais, mas nunca deixei de torcer para a Nação. Trabalhei 10 anos em São Paulo e 05 em Minas. Sempre gostei de futebol. Meu amor ao Flamengo jamais diminuiu”.
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O que o CR Flamengo deseja do Sr. Guilherme Kroll, atual VP de esportes, é que seja dedicado ao clube (Flamengo) e que produza, no mínimo, o que é esperado dele. Se foi, é ou será botafoguense um dia, pouco importa.
O relato do Sr. Guilherme Kroll parece fidedigno e é convincente.
Garrincha foi torcedor rubro-negro, mas brilhou de verdade no Botafogo. Jamais um botafoguense falou bobagem para a "Alegria do Povo" ou o queriam fora do Botafogo, porque o coração dele era vermelho e preto.
Quantos craques torcedores rubro-negros, foram brilhar noutros clubes. Zico foi um deles.
Também recebemos craques torcedores de outros clubes, que brilham ou brilharam no Mengão. Diego Ribas, Gabigol, Arrascaeta, Éverton Ribeiro, Andreas, Thiago Maia, Rodrigo Caio e Diego Alves, provavelmente não eram torcedores do Mengão, mas certamente são apaixonados pelo clube e por sua torcida.
Deixemos o caso do Sr. Guilherme Kroll, de lado, até porque ele já disse que seu coração tem dono e este dono mora na Gávea.
Vida que segue....