Lateral teve saída conturbada do clube, mas recebeu o carinho da Nação em seu último compromisso com o Manto Sagrado
O dia 04 de março é bastante especial para um ex-jogador do Flamengo. Isso porque, nesta data, há sete anos, Léo Moura se despedia do Mais Querido após dez temporadas vestindo o Manto Sagrado. O lateral-direito ganhou um jogo festivo no Maracanã contra do Nacional-URU e, diante de 30 mil pessoas presentes no Templo Sagrado, fez a festa. O Mengão venceu a partida por 2 a 0, com gols de Eduardo da Silva e Matheus Sávio.
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Apesar de ter ganhado um jogo de despedida e todo o carinho da Nação, a saída de Léo Moura do Flamengo foi bastante conturbada. Após dez anos de clube, o jogador queria ficar, mas esbarrava em reduções salariais da época em que a equipe estava em reestruturação. Em entrevista à ESPN, o lateral revelou detalhes do momento delicado nos bastidores e das relações com Vanderlei Luxemburgo e Rodrigo Caetano.
— Aquilo ali, eu não esperava que fosse daquela forma. Foi o melhor momento da minha carreira. Jamais vou esquecer aquele momento. Eu não queria sair do Flamengo. Não concordei [com a redução], tinha mais de 10 anos de clube. Faltou um pouco de respeito. Naquele momento, já sabia que o Luxemburgo não queria contar comigo. É… pelo que dava para entender.. Ele tinha articulado para trazer o Pará. Eu confio em mim, tinha o contrato… eu vou jogar, mas chegou um momento que minha vida toda eu ia pro treino com o maior prazer, saía de casa feliz – disse, antes de completar:
— Chegou um certo momento que eu tava indo ‘de novo, tem que ir lá’. Ele conseguiu me tirar esse… exatamente (foi me minando). Foi desgastando, eu não preciso disso, tenho mais de 500 jogos, sou o sétimo que mais vestiu a camisa do Flamengo, não posso passar por isso. As coisas foram acontecendo. Eu nem quis sair de dinheiro, nada… Eu fui para receber US$ 5 mil. Eu precisava sair do Flamengo. Eu não queria jogar em outro time (do Brasil) – finalizou o ex-jogador do Flamengo.
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Mesmo com os problemas nos bastidores, Léo Moura deixou o Flamengo com status de ídolo. O lateral-direito conquistou o Brasileirão (2009) e a Copa do Brasil (2006 e 2013), além de seis Estaduais. No entanto, após a saída, o jogador acabou tendo o nome vinculado com o Vasco, fato que estremeceu a relação com a Nação. Vale destacar, também, o episódio do ‘cheirinho’ com o Grêmio em 2017, que acabou de vez com a idolatria.