Técnico vem ‘batendo na tecla’ acerca de maior necessidade de concentração e força da mente
A chegada de Paulo Sousa e comissão trouxe de volta ao Flamengo hábitos que não eram vistos desde a ‘Era Jorge Jesus’. Um dos principais pontos abordados pelo novo técnico giram acerca das questões mentais dos jogadores, e o assunto voltou à tona no último domingo (20), após o jogo contra o Vasco.
O Mister já identificou necessidade de melhorias no aspecto mental dos atletas, como momentos de desconcentração e falta de intensidade da mente. Após o Clássico dos Milhões, não foi diferente. Paulo exemplificou a situação com ‘precipitação e erros simples’, e ponderou a carência de evolução no quesito.
– Nossa intensidade, principalmente mental, não foi ideal. Os principais protagonistas, como foi o caso do Arrascaeta, não estiveram em seu melhor nos primeiros 20 minutos. Muita precipitação e erros de passes simples -, disse Paulo Sousa, que continuou:
– Agradeço aos recursos humanos que encontramos no Flamengo. Nosso departamento médico, sua qualidade e disponibilidade. Não é só um trabalho no campo. Recuperar fisicamente e mentalmente. Existe também o cansaço mental pela complexidade do que pedimos -, concluiu.
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A fala de Paulo Sousa, no entanto, vai muito além apenas da falta de intensidade ou do ‘cansaço mental’. Isso porque, o Flamengo está apenas em início de temporada, e a instabilidade para lidar com situações adversas dentro de campo liga o alerta para um clube que quer reencontrar o caminho dos títulos.
As questões psicológicas, que recebem atenção de Paulo Sousa, também vieram à tona em forma de ‘cobrança de posicionamento’ de dirigentes. No dia 17 de março, em coletiva de imprensa após a apresentação de Pablo, o vice-presidente de futebol, Marcos Braz, foi questionado sobre o assunto, tratou a situação como ‘covarde’ e justificou dizendo que as categorias de base contam com a presença de psicólogos.
“Quando precisa contratar roupeiro, jogador, vem a demanda, na hora que vem a demanda, (o profissional) é contratado. Há uma falácia que eu tenho problema com profissional A ou B, pelo amor de Deus, até por inteligência, eu não poderia ter restrição a isso. Existe um departamento aqui, tem psicológico no sub-20, sub-18, tem tudo ali embaixo (CT)“.
“O jogador A ou B que está com 17, 18, 19, 20 anos e precisa de um psicólogo quando vai para o profissional… Qual é o mais indicado: um que sempre o atendeu ou um novo? O psicólogo é um profissional em que você precisa de confiança para expor várias situações. De uma maneira covarde, acham que isso não procede, não tem. Nós temos isso na base. Até o sub-20, vários jogadores, que estão treinando nos profissionais, se quiserem e se sentirem à vontade, têm à disposição“, disse o dirigente.
Como dito pelo próprio VP de futebol, o Flamengo conta com um psicólogo que atende as categorias de base do clube, no entanto, no que tange a esfera do elenco principal, a ausência de um profissional especializado parece estar ‘fazendo falta’, visto que o técnico Paulo Sousa destacou a necessidade de “recuperar mentalmente” os jogadores.