Foto: Paula Reis / Flamengo
Benedito Ferreira acionou a justiça por consequências da tragédia no CT
Apesar de ter vivido um 2019 inesquecível com os títulos da Copa Libertadores e do Campeonato Brasileiro, o Flamengo passou por um dos momentos mais difíceis da história: o trágico incêndio no Centro de Treinamento do Ninho do Urubu, no dia 08 de fevereiro. Em maio de 2022, um segurança que atuou no resgate de pelo menos três vítimas, Benedito Ferreira, acionou a justiça contra o Clube da Gávea e, no início de agosto, foi demitido pelo Fla.
Desde que o incêndio aconteceu, Benedito passou longos períodos afastado das atividades por problemas psiquiátricos. O último retorno do segurança ao clube, no qual ele trabalhava desde 2008, foi em julho deste ano. As informações foram divulgadas inicialmente pelo ‘GE’.
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Em maio deste ano, Benedito entrou na justiça contra o Flamengo reclamando direitos trabalhistas, previdenciários e cíveis. O, agora, ex-funcionário do clube pede uma indenização de R$ 2,5 milhões. Em nota publicada pelo ‘GE’, o clube afirmou que “não existe um motivo especial para a demissão e que ele recebeu todos os direitos trabalhistas”.
Segundo o próprio Benedito, o principal motivo do acionamento à justiça, foi o fato de o Flamengo não ter relacionado o seu afastamento por tudo o que foi vivido no dia do incêncio no Ninho do Urubu, ou seja, no ambiente de trabalho – junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Desde quando o incêncio aconteceu, Benedito não conseguiu voltar a exercer suas atividades como segurança privado. Laudos médicos e psiquiátricos, inclusive, atestam que o ex-funcionário do Flamengo não está apto para voltar a trabalhar na função.
Cabe ressaltar que, no incêncio mencionado, dez jovens das categorias de base do Flamengo morreram. Destes, o Rubro-Negro fechou acordo com familiares de: Samuel, Athila Paixão, Bernardo Piseta, Gedson Santos, Jorge Eduardo, Vitor Isaias, Arthur Vinicius, Pablo Henrique e com o pai de Rykelmo (a mãe entrou na justiça e não aceitou a proposta do clube). Das vítimas fatais, apenas os representantes de Christian Esmério não chegaram a um entendimento com o Fla.
