Por: Leonardo José
Juan Maldonado Jaimez Júnior. Atualmente com 40 anos, o “Juan lateral” marcou época com a camisa do Flamengo. Entre 2006 e 2010, o paulistano com alma carioca conquistou cinco títulos pelo Rubro-Negro. No entanto, em entrevista exclusiva ao Coluna do Fla, o ex-jogador abordou um troféu em específico: o da Copa do Brasil, que o time de Dorival Júnior também vai em busca nesta quarta-feira (19), contra o Corinthians.
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Dono da ala esquerda, Juan esteve no elenco histórico que conquistou a edição de 2006 da Copa do Brasil ao derrotar o Vasco na decisão (além de vencer os Cariocas em 2007, 2008 e 2009 e o Brasileirão em 2009). O entrevistado do Coluna do Fla, inclusive, marcou o gol que passou a régua na finalíssima, no 1 a 0 do jogo da volta (2 a 0 na ida): “Em uma final de Copa do Brasil, contra o maior rival, no Maracanã, poder fazer um gol, ainda mais para mim, que era lateral esquerdo, se torna ainda mais marcante”, conta o ex-Flamengo.
É a sensação da conquista do título que o elenco do atual Rubro-Negro também busca. Quando o assunto é o grupo de jogadores deste ano, Juan não fica em cima do muro para apontar quem é o principal atleta do time de Dorival Júnior: “O Arrascaeta quando não está, o time sente um pouco, essa criação, essa velocidade de passe que ele dá para o time, como ele faz a bola chegar aos atacantes”.
Com muitas lembranças do passado, mas também de olho no presente do Flamengo, Juan aborda assuntos relevantes sobre a Copa do Brasil na exclusiva ao Coluna do Fla. Análise da final 2022 contra o Corinthians e dos laterais do atual elenco, projeção para a decisão de quarta-feira (19), preparação para vencer a edição de 2006 e muito mais.
Sobre a cerimônia na Neo Química Arena, qual foi a sensação de pisar em um gramado em plena final de Copa do Brasil depois da aposentadoria?
A sensação foi maravilhosa. O estádio estava lindo, com todas aquelas luzes, tudo iluminado, e poder sentir o friozinho na barriga de novo, de poder entrar em campo, em um dia de decisão, isso dá muita saudade. Foi muito legal, foi muito prazeroso.
O que você achou do jogo de ida da final? E o que espera para a finalíssima no Maracanã?
Achei que o Flamengo teve um pouco mais de controle de bola, apesar da pressão do Corinthians no final do jogo. Foi um bom jogo, um jogo bem jogado. A gente esperava, talvez, um pouco mais de chances de gols pela qualidade dos dois times, mas, ao mesmo tempo, uma final mexe com o psicológico dos jogadores, todo mundo fica mais receoso de se expor, mas foi um bom jogo sim. Jogo muito inteligente, jogo muito bem jogado.
Sobre o segundo jogo, tende a ser uma pressão e uma força ainda maior do Flamengo, por estar jogando em casa. Torcida do Flamengo é uma torcida muito presente no jogo, empurra mesmo. Então, a expectativa é que o jogo tenha mais controle ainda do Flamengo, e com gols.
Qual sua avaliação da dupla de laterais esquerdos que o Flamengo tem hoje, Filipe Luís e Ayrton Lucas?
Hoje, o Flamengo está muito bem servido de laterais esquerdos. Tem dois grandes jogadores, com características totalmente diferentes. Qualquer um dos dois que jogar, o Flamengo estará muito bem representado, com muita qualidade.
Quem você vê como peça-chave para a esse time do Flamengo atual?
O elenco todo do Flamengo é muito forte. Tem jogadores de muita qualidade, em todas as posições. O jogador que eu acho que é bem importante para o time é o Arrascaeta. O Arrascaeta quando não está, o time sente um pouco, essa criação, essa velocidade de passe que ele dá para o time, como ele faz a bola chegar aos atacantes… Ele deixa os atacantes em condições de finalizar. Então, acho ele um jogador muito importante.
Defina o título da Copa do Brasil 2006 em apenas uma palavra.
Definir o título da Copa do Brasil de 2006 em apenas uma palavra é complicado, porque são muitas emoções. Mas, para dizer uma, eu diria que foi um “sonho”.
Como foi a preparação do elenco para a aquela final de 2006?
A preparação foi muito boa, foi tranquila. Teve a troca de treinador. Ney Franco teve tempo para trabalhar o time, para conhecer o elenco, para dar a cara dele, de como ele gosta de jogar para o time. Esse tempo, entre a semifinal e a final foi um tempo maior, porque foi ano de Copa, fez com que a gente tivesse esse tempo de adaptação ao trabalho dele, que foi muito importante.
Qual era o ponto forte daquele Flamengo de 2006 que fez com que o time chegasse ao título?
Ponto forte era o grupo, era o elenco. Tinha grande jogadores em todas as posições, um grupo muito unido, um grupo que trabalhava muito forte, muito dedicado. A gente tinha essa força do elenco, que tinha essa humildade de trabalhar pelo melhor para o time. Isso era uma grande força que a gente tinha.
Qual jogo foi o mais marcante daquela edição de 2006 da Copa do Brasil?
O jogo que foi bem importante foi o primeiro jogo, contra o Atlético-MG, que a gente ganhou de 4 a 1 no Maracanã, dando uma boa vantagem par o jogo de volta. Foi um jogo que deu bastante confiança para o elenco.
Como é a sensação de fazer um gol em final da Copa do Brasil, contra o Vasco?
É uma sensação sensacional, indescritível. Em uma final de Copa do Brasil, contra o maior rival, no Maracanã, poder fazer um gol, ainda mais para mim, que era lateral esquerdo, se torna ainda mais marcante. É uma sensação, uma alegria que até hoje é difícil de descrever.
O que você vê de semelhante entre o Flamengo de 2006 e esse de 2022?
O Flamengo mudou muito de lá para cá, em termos de elenco, de condições de trabalho, de estrutura. Fica difícil de fazer alguma comparação porque tem muita coisa diferente do que era e do que é hoje.
Qual recado você manda à torcida e ao elenco antes do segundo jogo da final contra o Corinthians?
Joguem com muita raça, com muita determinação, com confiança, confiança neles, no time que eles têm, que é um time de muita qualidade, um dos melhores times da América do Sul, senão o melhor. Quando o Flamengo está em um dia bom, realmente é muito difícil de não conquistar a vitória. A torcida também. Tenho certeza que a Nação vai comparecer em massa, vai empurrar, vai criar uma atmosfera maravilhosa. Se Deus quiser, depois do jogo, estaremos todos comemorando esse título.
Para fechar, como está sua carreira após pendurar as chuteiras?
Hoje eu sou pai de família, tenho essa honra e esse orgulho de ser pai do Gabriel e da Maria. Em termos de trabalho, trabalho na Vega Sports, que é uma holding de negócios esportivos, que tem um braço de eventos, de marketing esportivo e tem o braço de futebol, que eu lidero fazendo o agenciamento de carreira dos atletas. Hoje estamos com cinco atletas. Estamos com esses trabalhos aí depois da aposentadoria dos campos.