Flamengo joga em Quito, nesta quarta-feira (05), com o Aucas (EQU)
Bola mais rápida, falta de ar e outras dificuldades costumam ligar o sinal de alerta em equipes que jogam na altitude. Este é o caso do Flamengo, que irá encarar os 2.800 metros de Quito nesta quarta-feira (05), diante do Aucas (EQU), pela primeira rodada da Copa Libertadores da América. Filipe Luís, acostumado com os duelos muito acima do nível do mar desde 2020, revela quais são os sintomas quando entra em campo nessas condições.
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— No começo do jogo você até se sente bem. Nos dez primeiros minutos parece que você está bem. Conforme você não vai mais recuperando, o fôlego não vai vindo… Você se esforça, vai na linha de fundo para cruzar e não recupera. Aí você faz esforço sobre esforço. Parece o momento em que a sua força acaba. Minha sensação é que eu não tinha força para fazer as minhas jogadas. E aí o jogador adversário que está, sim, adaptado à altitude vai com muito mais leveza e mais facilidade. Leva a bola com a força, e eu sinto que tenho que fazer muito mais força para qualquer tipo de jogada — disse Filipe Luís, em entrevista para a Globo.
Filipe Luís não estava acostumado com altitude na carreira, pois jogou 15 anos na Europa. A estreia do lateral acima do nível do mar aconteceu na Recopa Sul-Americana de 2020, diante do Independiente del Valle (EQU), em Quito, jogo que terminou 2 a 2. O experiente atleta recordou que teve debates com Jorge Jesus, técnico do Mengo há três temporadas, no embate realizado no dia 19 de fevereiro de 2020.
— Lembro de muitas discussões até com o Jorge Jesus na época porque a gente não estava fazendo o que ele queria, mas é que não dava. Fisicamente não dava. A gente não estava conseguindo, a gente não chegava, e ele não aceitava. A partir daquele jogo ele entendeu o que era jogar mesmo na altitude e sentir a dificuldade da altura. A gente tentava pressionar e não conseguia. Eu lembro da sensação de olhar para os companheiros da linha de marcação atrás e não conseguir nem falar. Sofrimento demais — acrescentou o lateral.
De volta à altitude, Filipe Luís deve começar a partida com o Aucas no banco de reservas. O lateral disputa posição em dois setores no esquema de Vítor Pereira: na primeira linha, de três zagueiros; ou na ala, onde Ayrton Lucas tem se destacado nos últimos jogos. Mas como o camisa 16 retornou de lesão apenas na última partida, contra o Fluminense, a tendência é que inicie como opção como suplente na estreia da Libertadores.
Aucas x Flamengo começa às 19h (horário de Brasília) desta quarta-feira (05), no Estádio Gonzalo Pozo Ripalda, na altitude de Quito, no Equador. O Coluna do Fla, no Youtube, traz todas as emoções da estreia do Mengão na Libertadores, com Rafa Penido, Tulio Rodrigues e Leo José. A ESPN e o Star+, na TV fechada e no streaming, respectivamente, mostram o confronto.
A nossa sorte é que jogamos contra equipes de pouca tradição.
O Santos que se cuide, pois qualquer chute na direção do gol se torna mais perigoso, o “tempo de bola” é outro. Normalmente esses times abusam desse recurso, o chute de média e longa distância, pois o goleiro não está acostumado com a bola mais rápida. Quanto aos outros, é tentar se poupar ao máximo. A “correria” imposta pelos times de lá é irracional.
Lembro de um jogo antigo do Flamengo, contra o Real Potosi, a mais de 3.000 m, que o Dep. Médico deixava à beira do gramado uns cilindros pequenos de oxigênio para os jogadores. Insano e bizarro!
Esses jogos na altitude só dão vantagem aos times acostumados com ela. É um crime, deviam ser proibidos! Mas a “CONMEBOLada no bolso” nunca vai proibí-los, e nem a “FIFAlcatrua”. Muito $$$$$ em jogo, e eles lá gostam MUITO, mas MUITO, de $$$. Que se f…..a saúde dos atletas.