Iranildo, o ‘Chuchu’, é pai de Yago, do Nova Iguaçu
Por: Pedro Paulo Catonho e Rodrigo Lima
Nesse momento, não há coração mais dividido do que de Iranildo Hermínio Ferreira, ou simplesmente ‘Chuchu’, como era chamado nos tempos de jogador de futebol. Torcedor do Flamengo desde a infância na cidade de Igarassu, em Pernambuco, o ex-meia vive um dilema. Afinal, no próximo sábado (30), o Rubro-Negro enfrenta o Nova Iguaçu, time de Yago, filho do antigo camisa 10, pela final do Campeonato Carioca.
“Sou Yago Futebol Clube nesse momento, mas sou Flamengo de coração. Que vença o melhor”, disse Iranildo, em bate-papo exclusivo com a reportagem do Coluna do Fla. “A expectativa é de um bom jogo e com emoção grande por conta do meu filho estar jogando. Meu conselho para ele é que sempre se divirta jogando fazendo o que gosta”, acrescentou o ‘Chuchu’.
Apesar da identificação de Iranildo com o Flamengo, Yago escolheu o Fluminense para iniciar a carreira. O meia chegou ao clube das Laranjeiras em 2016, para atuar no time sub-15, e segue com vínculo ligado ao rival. No ano passado, o meia de 22 anos foi emprestado ao Náutico e agora está cedido para o Nova Iguaçu, onde marcou três gols e deu três assistências em 12 jogos no ano.
CARACTERÍSTICAS DE UM EX-FLA-FLU
Ao ser questionado pela reportagem do Coluna do Fla sobre qual jogador da época de Iranildo no Flamengo Yago lembra em campo, ‘Chuchu’ não conseguiu fazer a comparação. No entanto, o ex-camisa 10 citou um ex-Fla e Fluminense, além de lembrar de um ídolo recente da história do Mais Querido.
“Da minha época não lembro de ninguém para comparar com ele. Canhoto, habilidoso… Mas posso dizer Thiago Neves, com o chute fora da área, e o estilo do Everton Ribeiro, como meia clássico, verdadeiro camisa 10 que está escasso nos dias de hoje. As comparações nas suas devidas proporções”, pontuou Iranildo.
OUTRAS RESPOSTAS DE IRANILDO PARA O COLUNA DO FLA
LEMBRANÇA ESPECIAL NO CARIOCA PELO FLAMENGO
“1999, Taça Guanabara, onde dei dois passes para gols do Athirson e do Romário. Vencemos de 2 a 1 contra o Vasco”.
MAIS FÁCIL NO CAMPO OU NA TORCIDA PELO FILHO?
“(Mais fácil) quando estava jogando, sem dúvida (risos). A torcida é grande, a emoção toma conta e eu não posso entrar em campo para resolver (risos)”.
DEU ‘EMPURRÃO’ PARA O FILHO SER JOGADOR OU TEMIA PRESSÃO POR SER ELE FILHO DE EX-ATLETA?
“Nem uma coisa, nem outra. O Yago sempre jogou futebol como atividade física, assim como fazia natação. Em um pedido dele de participar de uma escolinha que vi o potencial. Foi aí que ele me sinalizou que gostaria de ser jogador de futebol, apoiei e estou muito orgulhoso por esse momento que ele está passando. Porque até chegar aqui foi muita luta, sei que a luta continua e o meu desejo que tenha muito sucesso”.
QUEM É MELHOR: PAI OU FILHO?
“Temos características diferentes. Ele canhoto, gosta de fazer gol. A semelhança entre nós é o último passe, que deixamos o atacante na cara do gol. Agora ele tem muita lenha para queimar para poder depois fazer essa comparação (risos)”.
IRANILDO NO FLAMENGO
Considerado um dos maiores parceiros de Romário nos tempos de Flamengo, Iranildo teve três passagens pelo clube. A primeira ocorreu de 1996 a 2000, quando saiu por empréstimo para o Bahia, retornando em 2001. Posteriormente, seguiu para o futebol grego e Brasiliense, tendo mais uma volta ao Mengão, em 2002 e 2003. Hoje com 47 anos, o ‘Chuchu’ deixou os gramados em 2016.
No total, foram 34 gols em 282 jogos. Além disso, conquistou o Campeonato Carioca de 1996. No mesmo ano, foi campeão da Copa Ouro Sul-Americana. Venceu também os Cariocas de 1999 e 2000. No entanto, o maior título da carreira de Iranildo foi pelo Botafogo, o Brasileirão de 1995.
FINAIS DO CARIOCA
Nos próximos dias 30 de março e 07 de abril, o Flamengo, do coração de Iranildo, e Nova Iguaçu, de Yago, se enfrentam pela final do Campeonato Carioca, afinal. Em ambas as finais, a bola rola às 17h (horário de Brasília) e, ou seja, com transmissão do Coluna do Fla, ao vivo, no YouTube.
Meu respeito ao querido Iranildo. Se não era craque, pelo menos entregava o que podia em campo, sempre teve conduta profissional exemplar. Era muito participativo nos jogos, e não era “cliente” de Dep. Médico.
Chuchu instrua melhor o seu menino! Ele está não caminho errado. Indo ser jogador do Florminense amigo. Deve mudar de rumo, pois esse caminho não leva ninguém a lugar algum.