Visita rende encontro de gerações entre revelações do Brasileirão de 1996 e 2014. Ex-jogador reitera carinho pelas duas equipes que defendeu no auge da carreira
Goiás e Flamengo se enfrentam domingo, no Maracanã, e um personagem que já vestiu a camisa dos dois times roubou a cena no treino esmeraldino. Destaque do Alviverde no Brasileirão de 1996 e vendido ao Rubro-Negro carioca no ano seguinte, Lúcio Bala visitou o clube goiano antes da viagem do elenco para o Rio de Janeiro. Meia-atacante aposentado, o ex-jogador falou do carinho pelas duas equipes, mas deixou claro para quem irá torcer no fim de semana.
– São os dois clubes que eu mais gosto: Goiás e Flamengo. Só que desta vez vou torcer para o Goiás, que está em uma posição mais incômoda. O Flamengo já está tranquilo.
A visita resultou em um encontro de gerações. Foi o primeiro contato entre Lúcio e Erik, que, vestindo a camisa do Goiás, foram eleitos as revelações do Brasileirão de 1996 e 2014, respectivamente. Lúcio minimizou a temporada irregular do jovem atacante, que não conseguiu repetir as boas atuações do último ano e admite frustração por não ter sido negociado.
– É difícil você manter um nível muito alto durante muito tempo. Mas o Erik é muito novo. Essa oscilação é normal para um garoto. Ele não saiu no momento que achou que iria sair, mas tem potencial para reconquistar o espaço – avalia o veterano, atualmente com 40 anos.
Nascido em 1994, Erik tinha apenas dois anos quando Lúcio Bala brilhou no Goiás e se transferiu para o Flamengo, que na época tinha Romário e Sávio como protagonistas.
– Não o conhecia. Bacana que não fui a primeira revelação. Bom ele ter sido a primeira. Fui o segundo e fico feliz – diz o atacante de 21 anos.
Após idas e vindas, Lúcio garante que, enfim, encerrou a carreira. Em 2014, chegou a anunciar a aposentadoria, mas voltou atrás e atuou pelo Gurupi-TO até o meio desta temporada. O ex-jogador ainda se recorda do time esmeraldino que foi quarto colocado no Brasileirão em 1996 e dá a receita para o Goiás voltar a ter uma equipe competitiva.
– Além de grandes jogadores, a amizade era muito forte também. Havia uma união. No futebol, é preciso ser unido – conclui Lúcio, que é de Alvorada, no Tocantins.
Fonte: GE