A última semana marcou a vitória da situação do Flamengo na eleição para recompor o Conselho Deliberativo. O triunfo foi fundamental para a administração Bandeira de Mello e também expôs um novo hábito na Gávea. As discussões políticas extrapolaram os muros da sede durante a campanha e pararam no WhatsApp, aplicativo de mensagens para celulares.
E a forma de comunicação com conselheiros, sócios e torcedores promete ser uma tônica no caldeirão político do clube, principalmente durante 2015, ano de eleição presidencial no Rubro-negro.
Para atingir um número maior de pessoas e rebater críticas da oposição, membros da Chapa Azul (situação) tomaram a iniciativa de gravar e compartilhar vídeos através do WhatsApp. Os vice-presidentes de Finanças e Marketing, Rodrigo Tostes e Luiz Eduardo Baptista, respectivamente, utilizaram o método e exaltaram conquistas da administração.
Tostes abordou o passivo do clube e as acusações sobre trocas de dívidas públicas por dívidas privadas. Segundo ele, o Flamengo abateu R$ 200 milhões do passivo desde que a gestão Bandeira de Mello assumiu em janeiro de 2013. Já BAP abusou de ironias contra os opositores e chegou a afirmar que não sabiam somar dois mais dois.
Foi apenas o início da polêmica na Gávea. Alguns conselheiros consideraram a atitude ofensiva e arrogante. O ex-presidente Kleber Leite não poupou críticas em seu blog, enquanto o presidente do Conselho Deliberativo, Delair Dumbrosck questionou publicamente os dados levantados por BAP sobre os patrocínios obtidos pela diretoria.
Ex-presidente do Conselho Fiscal, Leonardo Ribeiro, conhecido como Capitão Léo, gravou outro vídeo com acusações e provocações. Segundo ele, a diretoria tem o objetivo de deixar a dívida do clube para os sócios-proprietários e levar a marca Flamengo para fora do Rio de Janeiro.
As discussões entre situação e oposição aumentaram consideravelmente depois da eleição da Chapa Azul para o Conselho Diretor. Com intensa militância nas redes sociais, a atual gestão também abre o debate entre conselheiros e torcedores através de grupos no WhatsApp. Inclusive, muitos contam com participações de vice-presidentes de diversas pastas.
As informações circulam sem parar pelos celulares e mostram a faceta do atual Flamengo. Com decisões sobre o futuro do clube tomadas pelo aplicativo e discussões políticas cada vez mais tecnológicas, fica impossível imaginar o Rubro-negro sem o WhatsApp. Hoje, o Flamengo não funciona sem o tal aplicativo.
Fonte: UOL