“Apesar do Boavista ser uma equipe ainda bem abaixo do nível técnico do Campeonato Brasileiro, a partida serviu para sepultar de vez o “estilo Barcelona”
Muricy, enfim, conseguiu fazer o Flamengo jogar bem. E o mérito passa diretamente pela mudança no esquema tático, que equilibrou o time e deu uma força ofensiva que não conseguia ter nas partidas anteriores. Sem a posse de bola inútil, que no Brasil é confundida com “jogar bem”, o volume de jogo aconteceu. Destaque para a volta do Mancuello, que deu não só opção para as bolas paradas, fazendo uma espécie de “box to box”, tão visto na Inglaterra.
O Flamengo entrou em campo previamente na formatação de 4-4-2, com dois meias atacantes. Cuellar e William Arão um pouco mais recuados e à frente deles, Alan Patrick pela direita e Mancuello pela esquerda. No ataque, Guerrero com Cirino. Esse modelo de jogo ajudou o equilíbrio tático do time, coisa que não acontecia até então na temporada. O time conseguiu achar uma recomposição defensiva onde sempre tinha superioridade numérica e ofensivamente realizou triangulações, algo que faltava.
A mudança fez com que os laterais ganhassem força ofensiva. Ao contrário de quando jogava no 4-3-3 e deixava o Jorge sobrecarregado na defesa sem poder apoiar o ataque, agora Muricy achou uma cobertura do jovem lateral com Cuellar e Mancuello ajudando em suas subidas. Assim, tanto ele quanto Rodinei, com Alan Patrick pela direita, conseguiam aproximações e armações de jogadas. Essa alternativa de criação possibilitou a saída dos primeiros dois gols do Flamengo: Um de falta na jogada e o outro com a bola enfiada.
Com Guerrero e Cirino enfiados, mas também saindo da área em algumas oportunidades, Muricy Ramalho também corrigiu um grave problema que vinha acontecendo, que era a previsibilidade de jogadas. Os dois atacantes trocavam de posições algumas vezes e ainda recebiam o apoio dos laterais, deixando a defesa do Boavista confusa. Na zaga Rubro-Negra, Wallace e Juan ficaram bem protegidos, principalmente, porque Cuellar e Willian Arão conseguiam ajudar na marcação. Mancuello ainda voltava para recomposição defensiva, fazendo o papel que fazia bem no Independiente, subindo e descendo.
Sem a posse de bola inútil, virando de lado para outro sem nenhuma criação, o Flamengo a conseguiu transformar em volume de jogo. Assim, naturalmente a equipe criou possibilidades. Apesar do Boavista ser uma equipe ainda bem abaixo do nível técnico do Campeonato Brasileiro, a partida serviu para sepultar de vez o “estilo Barcelona” que nunca seria alcançado.
Fonte: Bruno Guedes / Goal
“Apesar do Boavista ser uma equipe ainda bem abaixo do nível técnico do Campeonato Brasileiro, a partida serviu para sepultar de vez o “estilo Barcelona”.
É exatamente assim que eu vejo. O time jogou muito bem nesse esquema, mas devagar com o andor, pois o Boavista não é referência. Quero ver a desenvoltura do treinador e jogadores após uma boa maratona de jogos. Saberemos se estão afim de vencer ou usar desculpas esfarrapadas alegando cansaço. A maioria dos times brasileiros que estão na Libertadores viajam muito mais, e nenhum deles vem a mídia para reclamar de fadiga. Se a equipe focar no trabalho, esquecer a recreação e vagabundagem, haverá grande possibilidades de conquistas.
Que “estilo barcelona” que nada..
Eu queria era ver o flamengo jogando igual o atlético de Madrid, ou melhor no estilo simeone….
No Barcelona o que reina não é o estilo de jogo e sim os jogadores, pow messi, suarez e neymar no ataque se não for campeão, em 2009 era Ronaldinho na melhor fase dele junto com etoo, deco, messi, depois em 2011 com messi, davi villa, iniesta…..
Se fosse estilo de jogo então porque não ganhou a liga dos campeões em 2008, 2010, 2012 e 2013???
O Flamengo fez boas partidas com o chamado 4-3-3, contra o Atlético/MG em BH e contra o Fluminense no Carioca no primeiro turno.
A questão de ser 4-4-2 ou 4-3-3 depende do referencial adotado. Ou seja, depende de como o adversário joga. E é bom ter dois esquemas para jogar e até cabe um terceiro esquema, o 4-1-4-1.
Este terceiro esquema irá amadurecer e é o meu favorito com a escalação do Ederson no lugar do Cirino. O time ficaria muito técnico no meio com jogadores de capacidade de passar bem a bola e chegar bem a frente.
Acho até que ontem o Flamengo não jogou no 4-4-2. Arão fez linha de três jogadores a frente do Cuellar com Mancuello e Alan Patrick. Muitas da vezes se via o Patrick na função de buscar a bola na saída do Flamengo, se apresentando ao Cuellar para iniciar a jogada e Arão mais a frente.
O que importa é que o Flamengo hoje tem opções com as melhores condições do Patrick e Ederson e volta do Mancuello.
O time irá dar bastante trabalho e com duas ou três contratações pontuais na defesa, meio e ataque, briga pelo caneco do Brasileiro.
Sinceramente acho q o Ederson brigará pela vaga no meio.
Acho q é importante o time ter uma válvula de velocidade pelos lados, por isso ou Cirino, ou Shiek, até mesmo o Everton são importantes.
Caso precise de uma formação ainda mais ofensiva ainda temos a chance de recuar o Mancuelo pra segundo volante tirando o Arão.
Entendo que temos que peça pra trabalhar.
Não gostei muito da vinda do Fernandinho, mas como veio de graça…
ninguém destaca uma semana de treino livre, para descansar. Março foi um mês em que as viagens aumentaram e perdemos Mancuello, ou seja, em condições normais, ate esse 433 se bem treinado, da certo. Mas deixando claro q prefiro o 442. SRN