Quando o Clube dos Treze foi implodido e os clubes passaram a negociar individualmente as cotas de TV, Flamengo e Corinthians despontaram como potenciais donos do futebol brasileiro pelo dinheiro que passariam a ganhar.
O primeiro a mostrar as garras foi o Corinthians. Além da grana alta de TV, vieram títulos internacionais, estádio próprio, uma arrecadação nunca antes vista na história do futebol.
Atolado em dívidas imensas e vivendo a desastrosa administração Patrícia Amorim, o Flamengo nem se mexeu. O caminhão de dinheiro não fez nenhuma diferença em um universo de gastança desenfreada e irresponsável.
O ano de 2014 termina com a seguinte frase do presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Melo:
“Se alguém está esperando que a gente deixe de recolher impostos, pagar nossos compromissos, para investir no time de futebol, até por ser ano eleitoral ou outra besteira dessa, pode tirar o cavalinho da chuva.”
O Fla, portanto, seguirá com sua política de austeridade, que fez com o que o clube diminuísse sua dívida em R$ 240 milhões.
2014 também termina com o Corinthians acertando com o técnico Tite. Pagará um salário gordo, um pouco menor do que desembolsava para seu antecessor Mano Menezes. Está também para acertar renovação de contrato de Guerrero por uma nota preta. Além disso, o clube desembolsa cerca de R$ 3,6 milhões para pagar parte de salários de jogadores que estão emprestados ou encostados, casos de Pato e Sheik, por exemplo. O rombo ao final da administração Mario Gobbi chega a R$ 44 milhões.
No futebol, o rumo das coisas podem mudar muito rapidamente. Uma sequência de derrotas pode derrubar um viés de austeridade, por exemplo. Mas considerando que as políticas de um e outro clube permaneçam as mesmas, em que patamar estarão Flamengo e Corinthians a curto, médio e longo prazo?
Fonte: Blog do Tironi