O meio de semana foi muito bom para o Mais Querido! Dentro de campo, apenas. Vencemos o Cruzeiro com autoridade, demonstrando, durante os 90 minutos, muita vontade e raça na busca do resultado, enquanto o rival mineiro veio ao Rio de Janeiro somente para praticar o antijogo. Entretanto, mais uma vez, após a divulgação do borderô com renda e público do jogo Flamengo X Cruzeiro, instalou-se a queda de braço entre os dirigentes rubro-negros e os responsáveis pelo consórcio Maracanã S/A.
Desde a madrugada de quarta para quinta-feira, a festa da maior e melhor torcida do mundo repercute em todos os meios de comunicação. Foi dado amplo destaque ao “batizado” realizado no novo Maracanã, que recebeu, pela primeira vez, uma torcida de massa em grande número. Torcer pela Seleção Brasileira não é a mesma coisa. Que me desculpem os que pensam de forma contrária.
Após a festa da classificação, veio à tona o que todos já esperavam. O Consórcio Maracanã S/A, que não paga salário de jogador, não coloca 55 mil pessoas no Estádio, tampouco faz campanha de divulgação dos jogos a serem realizados, abocanha uma fatia igual a do Flamengo, o verdadeiro dono da festa. Não parece nem um pouco razoável essa divisão igualitária, uma vez que os esforços são diferentes.
Os diretores rubro-negros foram mais enérgicos e lançaram uma carta aberta ao torcedor, onde expõem toda a sua insatisfação com o pequeno lucro obtido, além de, ostensivamente, reclamarem sobre os serviços prestados pelo Consórcio. Este, por sua vez, também emitiu uma nota oficial, onde rejeita todos os argumentos levantados pela diretoria flamenguista, além de explicar como se sucede a operacionalização do Estádio.
Diante dessa “Guerra Fria” instalada, algumas conclusões podem ser tiradas: 1) Ser concessionário de um estádio, além de ser mais fácil, é melhor que construir um, pois há muito mais bônus do que ônus; 2) Se tivermos, a título de exemplo, jogos toda quarta e domingo, em breve, o Consórcio Maracanã S/A será uma das empresas mais ricas do Brasil, sem muito esforço; 3) É certo, também, que a diretoria rubro-negra sabia que isso poderia acontecer, pois assinou um contrato, ainda que temporário, onde os termos eram claros e foram amplamente discutidos; 4) Os diretores viram que o negócio não é tão bom assim para o Flamengo, não porque o contrato realizado nos moldes de Fluminense e Botafogo seja melhor, mas sim porque o Flamengo é o trem pagador do Maracanã e, tanto um quanto o outro tipo de contrato, ainda será prejudicial ao clube.
O Flamengo pode e deve continuar endurecendo o jogo. Os rivais cariocas se resignaram à sua insignificância, abaixaram a cabeça e toparam fazer o jogo do Consórcio. O Mais Querido, por sua vez, não precisa disso. Nosso maior patrimônio é o craque que está nas arquibancadas e não se pode deixar que uma empresa privada lucre rios de dinheiro (às custas do clube), em cima de um ativo que não é seu.
SRN
Gabriel Lima
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