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Como já não era de se esperar, a equipe do River Plate foi julgada e punida pela Conmebol, há duas semanas, com a perda de um mando de campo e multa de US$ 200 mil após os incidentes ocorridos na primeira ronda das semifinais da Libertadores 2019, ante aos rivais do Boca Juniors. Dentre as acusações chama mais atenção a que toca contra a proibição contida no Art. 25, inciso e) do “Regulamento de Segurança 2019″, sobre ” Jogos Pirotécnicos de qualquer tipo e/ou forma de ativação.”. Com português bem claro, trata-se de fogos de artifício e/ou sinalizadores.
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É verdade que o elevado rigor da entidade se instaurou de maneira evidente após os incidentes que acarretaram no falecimento do jovem Kevin Espada, durante a partida entre Corinthians e San José de Oruro na Copa Libertadores de 2013. Contudo, há que se questionar até que ponto as proibições levantadas pela Confederação cuidam da segurança das pessoas envolvidas nas partidas e onde elas começam a depreciar seu produto. No último regulamento supracitado, os impedimentos tratam, além de sinalizadores, também de bandeiras maiores que 1,5m – e nada de mastros, faixas superiores a 90 cm e até rolos de papel. Nos 5-0 contra o Grêmio, apesar da grande festa da torcida, foi notória a ausência dos bandeirões de nossas torcidas organizadas.
O espetáculo característico das partidas sul-americanas foi completamente desfigurado por sanções e multas. Mas existe ainda uma seletividade curiosa: estive pessoalmente presente na primeira partida da final da Copa Sul-Americana de 2018, disputada entre Junior Barranquilla e Athletico Paranaense, em dezembro de 2018 no Estádio Metropolitano Roberto Melendez, em Barranquilla. Lá, foi notória e linda a festa dos colombianos, que abusaram dos sinalizadores. O começo da partida foi marcado por uma festa vermelha nas arquibancadas, em claro contraponto às regras da Conmebol. Contudo, lá estavam eles atuando com acesso ao público na primeira partida da Libertadores do ano seguinte, contra o Palmeiras, em casa. Desproporcionalidade desmedida.
Pra piorar, os exageros da Confederação não se resumem aos mandantes. Na partida de ida das semi-finais, contra o Grêmio em Porto Alegre, o Flamengo foi indiciado e punido pela utilização dos benditos sinalizadores. Apesar de você provavelmente não ter visto nenhum – nem eu – eles renderam um prejuízo de US$ 10 mil para nosso clube.
Aguardo os indiciamentos e as punições pela nossa última partida no Maracanã. Pude constatar um ou dois sinalizadores sendo acesos e imediatamente abafados pelos torcedores dos entornos, mas certamente a arbitragem deve ter visto mais. Além do mais, as confusões e tentativas de invasão ocorridas podem não passar impunes pelo excessivo rigor da entidade. Sem nada mais o que fazer, seguimos, apesar da decadência dos espetáculos proporcionados. Infelizmente, nossos clubes se tornaram pequenos coadjuvantes no que diz respeito à representatividade política da entidade que o os regulamenta.
SRN!
Twitter: @_rodrigocoli
A CONMEBOL não passa de uma “mini FIFA” da América do Sul: burocrática, anacrônica, antiquada, corrupta e que deixa ao futebol cada vez mais sem graça. #RIPfutebolsulamericano
A CONMEBOL não passa de uma “mini FIFA” sulamericana: corrupta, anacrônica, antiquada e que transforma os espetáculos de futebol em algo cada vez mais sem graça. #RIPfutebolsulamericano