FOTO: DIVULGAÇÃO
Na tarde desta sexta-feira (15), o Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou 11 pessoas no caso do Ninho do Urubu. A denúncia envolve incêndio culposo qualificado e lesão grave. O ocorrido irá completar dois anos neste mês, mas, até o momento, ninguém havia sido denunciado. Entre os nomes, o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello está envolvido. Os outros se dividem entre dirigentes do clube e representantes de empresas que prestavam serviços à época.
Segundo promotores, o ex-presidente assinou todos os contratos de prestação de serviço que, mais tarde, se tornariam os contêineres. Além disso, cinco anos antes do ocorrido, Bandeira de Mello foi orientado e notificado pelo Ministério Público à regularizar a situação que, na época, já era considerada precária pelas autoridades locais. Ainda de acordo com o MP, o dirigente optou por não cumprir as determinações do Corpo de Bombeiros, e tinha a total consciência do estado dos alojamentos.
Aproveite a boa fase do Flamengo para lucrar!
Além de Bandeira de Mello, o monitor de atletas da base, Marcus Vinicius Medeiros, também foi denunciado. Ele é acusado de descumprir ordens e, ‘abandonar’ os atletas no período da noite, fato que era explicitamente proibido. Na oacisão, a ausência do monitor impediu a identificação do início do incêndio, ocasionando a reação em cadeia que acarretou na tragédia. Em suma, o MP entende que, caso Marcus estivesse presente, as perdas poderiam ter sido evitadas.
Perto de completar dois anos, o incêndio no Ninho do Urubu ainda não teve nenhum responsável preso. A tragédia tirou a vida de 10 jovens que pertenciam às categorias de base do Flamengo. Athila, Arthur, Bernardo, Christian, Gedson, Jorge, Pablo, Rykelmo, Samuel e Vitor jamais serão esquecidos pela torcida rubro-negra, que canta seus nomes em todo décimo minuto de partidas no Maracanã.