Elenco desgastado prejudica atuações e exemplo do Real Madrid pode ser a chave para o Rubro-Negro
O Flamengo desde os seus ajustes financeiros vindos da gestão Bandeira de Melo, alçou outros voos. Desde 2016 sendo postulante a campeão das mais diversas copas e campeonatos. Até que então, em 2019, a guinada de conquistas com a Libertadores, 2 Brasileiros, Recopa e Supercopa veio.
Contrariando a fórmula conhecida dos times campeões brasileiros, desmembrados, atleta por atleta por mercados com mais peso na moeda, o Rubro-Negro manteve a sua base. Sim, com algumas adições importantes, mas o esqueleto permanece intacto.
Até onde isso é vantajoso para o clube? A dúvida fica ainda maior quando se trata da renovação, ainda na temporada anterior, da “geração 85”: Diego Ribas, Diego Alves e Filipe Luís.
Os técnicos entram e saem, e o meia e capitão do Mais Querido, Ribas, sofre um verdadeiro contorcionismo de posições. É visível que o atleta já não rende como no passado. Já o goleiro multicampeão, Diego Alves, sofre temporada por temporada com lesões que o deixam quase metade da temporada no DM. No entanto, o único que ainda apresenta consistência nas apresentações à beira do gramado é Filipe Luís.
O modelo dos europeus
O Real Madrid, por exemplo, foi firme na transição de um elenco desgastado, com a chegada de várias peças em vários setores merengues: Vini Jr., Militão, Rodrygo, Valverde e Odriozola. Claro, tudo isso feito com muita calma numa transição passo a passo. Ao mesmo tempo, figurões deixaram os seus postos, como CR7 e Sergio Ramos, dando espaço aos novos rostos sem perder a competitividade. Além de outros modelos positivos, como Chelsea e City… guardando as devidas proporções financeiras entre os clubes europeus e da América do Sul.
Tudo isso, parte também de um bom centro de scout, analisar novas joias, contratos e oportunidades de mercado. Portanto, algo que o Flamengo tem, mas não acertou em cheio nas últimas contratações, vide as críticas a Léo Pereira e Gustavo Henrique. Além do mais, esses possíveis acertos do centro de inteligência podem se transformar em cifras valiosas numa futura venda para o clube, o tal ativo a longo prazo.
Enfim, o que precisamos é da inversão da frase clássica do futebol: em time que está ganhando, se mexe e muito!