Fonte: Flamengo RJ
Quando a coisa não está lá indo muito bem, cremos que a “cozinha” deva ter uma maior atenção, uma maior proteção. No ano passado foi assim, estávamos em situação bem delicada no início do brasileirão. O treinador Luxa deu uma reforçada na proteção da defesa e a partir daí, conseguimos começar a sair da tal “confusão”. Hoje o Cristóvão tem insistido em jogar num 4 3 3, contra o Atlético Mineiro com variações para um 4 2 4. O Vasquinho ´não é o Atlético, e está em situação pior do que a nossa. Com a volta do Jonas, teremos mais marcação e proteção do meio campo ao nosso sistema defensivo. O treinador Cristóvão ainda não declinou a escalação do time, mas segundo o apronto na Gávea, deveremos ter a volta de Pico a lateral esquerda. Nosso meio campo deverá ser formado por Jonas, M.Araújo e Canteros, com Everton oscilando entre ser mais um meio campista, ou um terceiro atacante. Já o time do nefasto, com estreia do treinador Celso Roth e sua tradicional retranca, procurará jogar mais uma vez no nosso erro. Precisamos muito dos três pontos, nem tanto por um pessimismo em relação a um improvável rebaixamento, mas para ainda mantermos a esperança por voos mais altos neste campeonato. Esperanças na melhor qualificação do time, na chegada do reforço do Guerrero e quem sabe ainda do Elias. Vamos pro jogo com otimismo, temos mais time, se houver a necessária vontade e garra rubro-negra, não temos nada a temer.
Arbitragens
Nunca fomos admiradores de árbitros de futebol, infelizmente um mal necessário no jogo da bola. A mídia sempre gostou de endeusar alguns deles, transforma-los em astros como se fossem grandes jogadores. No passado, Armando Marques, Arnaldo César Coelho, José Roberto Writh, José Faville Neto entre outros, eram tão astros quanto um Pelé, Garrincha, Tostão, Zico, Falcão e muitos mais.
O Flamengo, neste Campeonato Brasileiro de 2015 tem sido constantemente prejudicado, tirando o primeiro jogo contra o São Paulo, fomos lesados em todos os outros jogos, mesmo os que conseguimos a vitória. Mesmo no último encontro contra o Atlético Mineiro, quando não jogamos nada, dois lances no mínimo polêmicos aconteceram em jogadas do Emerson Sheik.
Não somos adeptos da teoria da conspiração, mas, o que será que está acontecendo ??? Coincidências ???
Ou será porque hoje estamos na contramão deste lodaçal que é o mundo do futebol. Temos na nossa direção homens de ética, pessoas de conduta ilibada, demonstrando que vieram para contestar toda a imundice que envolve o “velho e violento esporte bretão”. Já demonstraram toda a indignação contra a FERJ, têm criticas contundentes em relação aos caminhos traçados na CBF. Portanto, não são coniventes com as questões de corrupção, propinas, negociatas etc e tal. Dão exemplo de austeridade na condução do clube “mais querido” do planeta. Estranhos neste “ninho de cobras”. Com a palavra os amigos do FlamengoRJ, será que estamos exagerando ?
Guerrero/Sheik não enfrentarão os gambás
Seria realmente muito estranho este acordo que foi aceito, diretamente pelo presidente Bandeira de Mello. Muitas críticas, afinal a transação não envolve empréstimos. O Guerrero não tem mais nenhum vínculo com o time do Tietê, muito menos o Emerson Sheik. Mas não poderia ter sido uma jogada de diplomacia do nosso presidente. Afinal, ainda temos chances de contratar o Elias, talvez um afago na direção gambá….
Histórias Rubro-Negras
CARLINHOS O STRADIVARIUS DO FLAMENGO….!!!
Naqueles anos 60, onde o futebol arte era muito mais valorizado, onde se jogava com dois jogadores no meio campo, num hoje ultrapassado 4 2 4. Foi neste futebol que conhecemos o jogo do Carlinhos, jogava ao lado de Gérson, num meio campo de alta capacidade técnica. Na ocasião, Gérson as turras com o treinador Flávio Costa, que na decisão contra o Botafogo em 62, o escalou na ponta-esquerda para ajudar a parar Garrincha. Este em uma de suas últimas grandes atuações, deu um baile, inclusive no garboso e convencido Gérson, que nunca perdoou o treinador. Depois chegou o Nelsinho, revelação do Madureira, ao contrário de Gérson, Nelsinho era menos técnico , o autêntico “carregador de piano”, que dava toda a condição de Carlinhos solar o seu “violino”. Mais tarde apareceu Fefeu, vindo do Canto do Rio de Niteroí, jogador de potente chute, boa técnica e que também formou com Carlinhos um meio campo que marcou época. Carlinhos ainda formou o nosso meio campo com Juares, Amorim, Américo, o paraguaio Reyes e até com Liminha. No meio do Campeonato Carioca de 1963, perdemos duas peças importantíssimas naquele time, o referido Gérson em intermináveis dificuldades com o técnico e o grande Dida contundido. Carlinhos ao lado de Espanhol, que depois foi brilhar no Atlético de Madrid, passaram a ser os protagonistas daquele time, que chegou ao título naquela famosa final contra o Fluminense, jogo que detém o record mundial de público pagante numa partida entre clubes, mais de 177 mil expectadores. Um 0 x 0 nervoso nos deu aquele memorável título. Anteriormente Carlinhos nos ajudou em muito a ganhar o Rio/SP de 1961, numa decisão contra os gambás no Maracanã, também o quase esquecido Torneio Octogonal contra as maiores equipes da América do Sul , uma autêntica Libertadores em 1961, o Carioca de 1965 ao lado de Almir “pernambuquinho” e o “batuta” Silva. Ganhador do prêmio Belford Duarte, pois nunca foi expulso de campo durante a sua carreira, um exemplo para os volantes de hoje, que primam pelas jogadas violentas.
Como treinador, Carlinhos também foi um vencedor, dez títulos pelo seu Flamengo, dentre os mais notáveis os brasileirões de 1987 e 1992 , os Estaduais de 1991, 1999 e 2000, além da Mercosul de 1999. Como jogador Carlinhos só vestiu o nosso “manto sagrado”, além da camisa da Seleção Brasileira. Uma contusão as vésperas da convocação, o tirou da Copa de 62 no Chile. Como treinador teve uma rápida experiência no Guarani de Campinas, mas sua questão era o Flamengo, era lá que se sentia a vontade, nasceu para brilhar no clube da Gávea, pra fazer história no rubro-negro. Suas passagens pelas nossas divisões de base foram brilhantes, ajudando o clube a revelar inúmeros excelentes jogadores, no tempo em que, “craque o Flamengo fazia em casa”. Quando não estava trabalhando no Flamengo, Carlinhos também não saía da Gávea, lá era de fato a sua casa. Hoje tem uma pracinha por lá que leva o seu nome, com direito a estátua……Afinal, o Carlinhos sempre merecerá, todas as homenagens de todos nós rubro-negros…SRN
Fernando Lemos