Fonte: Extra
O Brasileirão tornou-se um “Ai, Jesus” para o Flamengo neste século 21. Liderado por Sheik e contando as horas para ter Guerrero, o time precisa vencer o Figueirense, hoje, 18h30, no Maracanã, para a se afastar da realidade longe do topo que marca o clube ao longo dos últimos anos.
O Rubro-negro ocupou o G-4 pela última vez há 124 rodadas, em 2011, e esteve presente entre os quatro melhores em apenas 14% do torneio de pontos corridos — 69 das 486 rodadas desde 2003. A partir de 2001, a décima segunda colocação é a posição média do Flamengo, que contabiliza quarenta técnicos nos últimos 15 anos.
— É complicado, todo mundo achou que esse ano teria menos sofrimento, com a base do ano passado mantida. Era o mesmo treinador, já mudou, muita gente abaixo da condição. Mas daqui a pouco vai arrumar, com Sheik e Guerrero, mais experientes. O time não é ruim. Está ruim. Não vai ser para brigar por título — acredita o maestro Júnior, jogador que mais vestiu o manto sagrado.
Tirando o último título, na arrancada de 2009, as campanhas mais regulares no topo aconteceram nas edições de 2006, 2008 e 2011, esta sob a batuta de Ronaldinho Gaúcho e do técnico Vanderlei Luxemburgo, quando o Flamengo ficou no G-4 por um turno, 19 rodadas.
A campanha só foi mais regular em 2008, quando o time esteve 21 jogos na parte de cima e terminou na quinta posição, comandado pelo técnico Caio Júnior. O treinador lembra que a ofensividade e o começo fulminante foram as marcas daquele time, frustrado pelo desmanche ao fim da temporada.
— Um dos motivos fundamentais daquela campanha foi começar muito bem a competição, com uma sequência de vitórias impressionante. Eu acrescentei ofensividade, tinha jogos que jogava com três atacantes. Acho isso fundamental para quem tem uma torcida como o Flamengo. Chegamos a liderar por diversas rodadas, não aconteceu o título e a classificação em função do desmanche da equipe na competição — recorda o treinador, que assumiu após eliminação na Libertadores. Depois de mais um começo ruim, o Flamengo ainda tem tempo para nova arrancada.
Austeridade não justifica queda, diz presidente
O presidente Eduardo Bandeira de Mello, que não sabe o que é comandar o clube no G-4 desde que assumiu, em 2013, afirma que as últimas campanhas não podem ser justificadas pelo foco do clube em sanar dívidas fiscais.
—Tudo o que acontece fora de campo, se reflete dentro de campo. Mas acredito que outros fatores sejam mais decisivos do que a austeridade financeira na falta de títulos nos últimos anos — ponderou o mandatário, lembrando que pagar impostos e não gastar mais do que se arrecada são procedimentos obrigatórios a qualquer gestão responsável.
Para o presidente, o Flamengo ainda sofre por não ter investido anteriormente em estrutura e um projeto de longo prazo para disputar títulos com regularidade. Mesmo com a atual gestão não conseguindo deslocar recursos para tais fins, como a reforma do Centro de Treinamento, a atual temporada teve mais investimentos em reforços de peso, caso de Guerrero, e a expectativa é que nos próximos anos o clube esteja apto a vôos altos.
— Entendemos que, muito em breve, os sacrifícios que estamos fazendo hoje vão se transformar em resultados esportivos à altura do que a torcida do Flamengo merece. E isso passa por sermos campeões brasileiros novamente, campeões da Libertadores e campeões mundiais — acredita Eduardo Bandeira.
Para Júnior, é necessário um jogo de cintura na tentativa de não deixar as grandes conquistas de lado sem comprometer a filosofia.
— A diretriz é sanear, então o sacrifício tem que acontecer. Mas com jogo de cintura, como caso do Guerrero.
Onde está os nomes dos 40 técnicos que dirigiram o Flamengo nesses 15 anos? Nem tem 40 técnicos que valem o que recebem nesse país. Fala sério….
E ainda tem muita gente que diz que a diretoria atual entende menos de futebol do que o Kléber Leite e cia.