Postado em: 17 de mar de 2013.
{{#values}} {{#ap}} {{/ap}} {{^ap}} {{/ap}} {{/values}} Estava forte demais a pressão. Misturou antipatia, maus resultados. E muito dinheiro. {{#values}} {{#ap}} {{/ap}} {{^ap}} {{/ap}} {{/values}} O homem do futebol do Flamengo não queria Dorival Júnior. O clima entre o treinador e Paulo Pelaipe era insuportável. Desde que foi nomeado pelo presidente Bandeira de Mello, ele avisou: Não via o treinador com o perfil vencedor que busca na Gávea. Mas acontece que Patricia Amorim deixou uma herança. Contrato com Dorival Júnior até o final do ano. Salários de R$ 680 mil. Com R$ 2 milhões de multa. Ele, seu preparador físico e mais dois auxiliares custariam R$ 1,2 milhão ao clube. Pelaipe tentou a saída mais fácil. Obrigar o técnico a pedir demissão. E afastou o preparador Celso de Resende. Ainda nas férias, foi uma cruel maneira de Pelaipe avisar que não queria Dorival. O treinador voltou, se reuniu com Bandeira de Mello e Pelaipe. Avisou que não pediria demissão. Se o Flamengo quisesse mandá-lo embora bastaria pagar R$ 2 milhões. Pelaipe foi obrigado a recuar. Bandeira de Mello avisou que não gastaria aquele dinheiro. Dorival e Celso de Resende ficaram. Mas sem apoio político algum. O clube ganhou Elias e Gabriel do empresário Carlos Leite. Mas a contratação mais importante foi de Carlos Eduardo. Ele deveria ser o camisa 10 do time. O Flamengo chegou invicto à semifinal da Taça Guanabara. Se classificou bem, mas jogando de uma maneira inconvincente. Veio o jogo e a derrota para o Botafogo. Eliminação no dia de aniversário de Zico. Dorival Júnior ficou à beira do abismo. Bandeira de Mello estava irritadíssimo. Paulo Pelaipe, desesperado, sem saber o que fazer. Para piorar a situação, Dorival não cedia. Não colocava Carlos Eduardo como titular. Dizia que não tinha boas condições física. Vindo da Rússia, precisava se readaptar ao futebol brasileiro. Desculpas que a direção do clube não aceitava. Começou a Taça Rio e logo no primeiro jogo, o desastre. O time perdeu de virada para o Resende. Estava vencendo por 2 a 0 e foi derrotado por 3 a 2. A direção do clube foi muito pressionada para demitir Dorival. Pelaipe escolheu um caminho infalível. Procurou o técnico e avisou que haveria uma redução salarial na Gávea. O teto passaria a ser R$ 300 mil. Se quisesse ficar, teria de aceitar ganhar menos da metade. Lógico que ele recusou, o clima ficou tenso. A ponto de ser demitido no início desta noite. A multa de R$ 2 milhões tem tudo para ser resolvida na justiça. A prioridade para o Flamengo é Mano Menezes. Ele trabalhou com Pelaipe e Carlos Leite no Grêmio. O treinador a princípio queria descansar mais tempo. Recebeu como indenização pela demissão da CBF nada menos do que R$ 4,3 milhões. Esse está sendo um grande obstáculo. Além do seu alto salário. Não aceitaria menos do que R$ 500 mil para voltar ao trabalho. Mas a direção do clube não ficará de braços cruzados. Nem esperará de joelhos por Mano Menezes. Dirigentes já entraram em contato com Jorginho. O ex-auxiliar de Dunga na Copa de 2010. Ele tem uma história no Flamengo. Fez ótimo trabalho no Figueirense no Brasileiro de 2011. Em 2012 estava no Kashima Antlers. Ganhou a Copa do Japão, Copa Suruga e a Copa Nabisco. No campeonato nacional foi mal, conseguiu apenas a 11ª colocação. Foi dispensado. Viajou para a Europa para se reciclar. Está sem clube e está fácil demais para o Flamengo fechar. A definição da sua contratação pode acontecer ainda neste domingo. Será uma meia vitória de Pelaipe. Ele tirou o cargo de Dorival Júnior. Usou de uma estratégia deprimente. Mas tirou. Só que não está conseguindo Mano Menezes. Por falta de dinheiro, está indo para Jorginho. É uma aposta. Mas algo precisava mesmo ser mudado na Gávea. O futebol do time não estava digno de suas tradições. A apaixonada torcida flamenguista merece levantar a cabeça…
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