Coluna do Flamengo
Postado em: 22 de mar de 2013. 
Foi entrevistado o vice de patrimônio do Flamengo, Alexandre Wrobel, o responsável pelo projeto envolvendo a Arena MC Fla. Com o intuito de que os esportes como como basquete, vôlei e o futsal do clube joguem na Gávea.
Leia abaixo a entrevista exclusiva com Alexandre Wrobel:
1 – Qual foi à realidade que você encontrou no quesito patrimonial e estrutural dos esportes olímpicos do Flamengo, ainda na gestão da Patrícia Amorim?
Bem, patrimonialmente falando a situação era muito complicada. O projeto de construção do CT estava arquivado, o prédio do Morro da Viúva encontrava-se em péssimo estado de conservação, com apenas 1/3 de suas unidades em estado de habitabilidade, a Gávea necessitava de intervenções em quase todos os setores, ou seja, a situação era complexa. Tratamos, inicialmente, de mapear as demandas, trabalhamos com os pés no chão, sem sonhos megalomaníacos, e entendo que conseguimos caminhar bastante em algumas áreas, apesar de ainda faltar muita coisa para chegarmos aonde o Flamengo quer, precisa e merece!
2 – No inicio da gestão da Patrícia Amorim, o ginásio Hélio Mauricio que abriga o basquete rubro-negro acabou sofrendo alterações tanto no seu piso e na sua estrutura de vestiário. Você poderia dar detalhes do que foi aquela reforma naquele período e quais as principais mudanças no ginásio?
Houve a troca de todo o sistema de piso, além da reforma geral dos banheiros e vestiários.
3 –Você, em entrevista a TV Fla, abordou o projeto de um novo ginásio para abrigar o vôlei, basquete, e até o futsal, a Arena MC Fla. Sobre o projeto em si, qual seria a capacidade de publico? E quando você falou que seria a nível de NBA, você se referiu a climatização, conforto do torcedor e oportunidade de entretenimento e alimentação que essa arena possa ter dentro dela?
A arena teria capacidade para aproximadamente 3.500 pessoas. É o máximo que o local comporta com segurança e tranquilidade. Quando eu mencionei no nível de NBA me referi à concepção do projeto, ao conforto e modernidade das instalações e equipamentos.
4 – E Wrobel, em relação à localização dessa Arena hoje dentro da Gávea pra quem conhece a sede, ela passaria a ocupar o lugar de que espaços dentro hoje do clube? O novo estacionamento na frente do clube, o ginásio Hélio Mauricio e o que mais estrutural seria alterado com essa obra?
Ainda estamos na fase de detalhamento do projeto. À principio a arena ocuparia o espaço do posto, a lateral do prédio administrativo, avançando até a alameda das quadras de tênis.
5 – E usando até uma referencia do Barcelona, o clube catalão em 2004 fez uma verdadeira obra no seu ginásio poliesportivo, o Palau Blaugrana e hoje é um dos ginásios mais modernos da Espanha e tem a capacidade de publico superior a 6 mil pessoas. O projeto do Flamengo poderíamos dizer que é ter uma casa poliesportiva que nem o ginásio Palau Blaugrana no Brasil?
Hoje o Flamengo dispõe de 3 ginásios que na realidade não podem ser usados para competições. Isso é inconcebível! O projeto é ter a nossa casa! A casa rubro-negra do basquete, vôlei e futsal! Nada mais justo e merecido.
6 –Muitos torcedores que acompanham o basquete do Flamengo, se mostraram um pouco receosos em relação ao projeto da Arena Mc Fla no quesito valor dos ingressos, que podem ser cobrados nessa nova arena. Você junto com a diretoria acredita que o preço cobrado nessa nova Arena pode ser acessível a qualquer torcedor que queira acompanhar os jogos ou ainda mais pelo projeto que é, o torcedor acabará tendo o repasse no valor do ingresso pelo conforto que a Arena vai proporcionar? Vale a ressalva que nos jogos em arenas climatizadas tanto no Maracanãzinho e a HSBC Arena quando tiveram preços de 30 reais ou mais, o publico do Flamengo nos jogos durante a realização do Novo Basquete Brasil foi pequeno.
Não vejo essa correlação. A arena será construída através de uma parceria, sem custo para o Flamengo, não há aluguel a ser pago, ou seja, acredito não haver necessidade de majoração do custo dos ingressos. De qualquer forma essa questão foge da minha competência.
7 – E pra encerrar essa nossa entrevista, Wrobel quando acabar o triênio dessa gestão do Eduardo Bandeira de Mello, o que você espera ter conquistado como melhoria no quesito patrimonial, ou seja, estrutural do clube? E seria absurdo afirmar que o Ct George Helal concluído assim como a Arena MC Fla saindo do papel e inaugurada são suas metas principais nessa gestão?
Espero ter o nosso tão sonhado CT Ninho do Urubu (base e profissional) definitivamente pronto e acabado. A nossa moderna arena funcionando a todo vapor. O prédio do Morro da Viúva definitivamente transformado em um hotel de luxo. Por fim a transformação estrutural da Gávea, através da elaboração de um plano diretor que efetivamente ordene a ocupação dos espaços do clube, transformando-o numa referência esportiva e social. Vamos trabalhar para isso.
Fonte: FIBASQUETE e Garrafão Rubro-Negro
