Desmentidos da direção do Internacional à parte, parece claro que Vanderlei Luxemburgo não forjou, não inventou, não criou a proposta para deixar o Flamengo. No mínimo, alguém se apresentou como representante do clube gaúcho, ainda que não o fosse. Mas também é fato que, diante das circunstâncias, o treinador deixou o episódio com um capital que raros treinadores do país terão à disposição para iniciar 2015.
Nem o melhor marqueteiro do mundo bolaria um enredo tão conveniente. E repetindo, para deixar claro: Vanderlei não o criou, as circunstâncias se apresentaram à feição, possivelmente pelo bom 2014 que fez no Flamengo. Em metade de uma terça-feira, Vanderlei voltou a ser alvo de uma proposta digna de treinadores de elite, e, ao recusá-la, reforçou sua ligação com o clube e com a torcida de uma maneira difícil de dimensionar. Termina o dia mais forte do que começou.
Justa ou injustamente, estava consolidada a ideia de que Vanderlei Luxemburgo saíra de uma elite de técnicos. Ou, ao menos, do grupo seleto de treinadores disputados por meio de salários astronômicos. O fim da temporada parecia deixar a sensação de que o técnico se candidatava a retornar a este grupo, mas precisaria confirmar a condição montando um Flamengo forte em 2015. Até que a proposta do Internacional tratou de desmentir tal impressão. Vanderlei saiu fortalecido no mercado.
Mas não foi só isso. Ao recusar o convite, ou sondagem, sob a alegação de que cumpriria o compromisso com o Flamengo, o técnico disse o que torcedores gostam de ouvir. E, atualmente, costumam ouvir pouco. Ficou reforçada a imagem de comprometimento com o clube, com a torcida. Uma tacada de mestre. Vanderlei saiu fortalecido no ambiente rubro-negro.
Vanderlei se torna mais forte, também, para defender seus pontos de vista sobre a formação do elenco. Entre eles, a necessidade de um investimento maior. Caberá ao Flamengo dar a resposta nos próximos dias, no mercado.
Fonte: Blog do Mansur