Um jogo para restabelecer a realidade

Caros Rubro Negros,

Ontem tivemos mais um jogo pela Primeira Liga, no qual novamente jogamos com um time totalmente reserva. Além disso fomos brindados com um caos e uma desorganização que nem em campeonatos escolares seria vista em relação ao acontecimento (ou não) do jogo Flamengo x Vasco. Agora, com a partida marcada para VR, acho pertinente falar um pouco sobre essa peleja contra nosso revoltado freguês com origens portuguesas, cujo comportamento recente não condiz em nada com seu histórico em perder partidas assim e fazer a alegria dos Rubro Negros espalhados em todo o país.

Seguindo a ideia da minha coluna anterior, continuo a pensar que devemos trabalhar na desvinculação dessas associações com nossos rivais estaduais, em especial com o Vasco, por conta de toda situação atual já explanada semana passada. Contudo, se do ponto de vista de gestão e de objetivos traçados já estamos muito distantes dessa turma do século passado, em se falando de resultados em confrontos diretos estamos em dívida de 2015 para cá. E no intuito de alçar voos mais altos e também para que possamos de fato no dissociar dessa galera é fundamental que os resultados dentro das 4 linhas acompanhe o que vem sendo feito fora de campo para que essa desvinculação continue e que esses “rivais” nos vejam cada vez mais através de binóculos ( ou através da televisão, quando eles estiverem nos “anos sabáticos” de série b, tanto faz…).

Se por um lado a história de “campeonato à parte” tem um atrativo enorme pelas bandas de lá, com direito a declarações cada vez mais constrangedoras por parte do folclórico dirigente do bacalhau, por aqui o que devemos fazer é observar os últimos confrontos, nos quais não nos saímos bem contra eles. Em algumas das partidas faltou futebol. Em outras a postura da equipe não estava adequada para a disputa, parecendo mais que o time iria jogar uma singela partida de casados x solteiros. Houve ainda ao menos uma ocasião na qual se entrou nessa pilha de dar mais importância ao jogo do que ele realmente tinha e o que sobrou de “clima de batalha” novamente faltou de futebol. Em suma, o resumo é esso mesmo: Fizemos de tudo nas partidas… menos jogar bola. E o mais curioso disso é que em praticamente em todas as partidas desse período  tínhamos um time melhor, um elenco melhor, vivíamos um momento melhor e mesmo assim não conseguimos o resultado esperado. Uma verdadeira bizarrice para com a realidade.

Já passou da hora de botar ordem na casa e mostrar para aquele jaburu branco e preto quem é quem nessa história. Mesmo que o nosso mundo esteja em constante mudança existem situações e conceitos que não devem ser alterados: da mesma forma que os são os pais que educam os filhos e que os cachorros usam os postes como banheiro e não o contrário, o status quo da realidade foi construído sob o forte pilar da freguesia daquela turma maltrapilha lá de São Januário em relação ao Mais Querido e não o contrário. Está na hora de restabelecer a realidade.

Opine, elogie, critique…Participe!! E se você ainda não é Sócio Torcedor…faça o seu imediatamente!!! O seu maior benefício é ver um Flamengo cada vez mais forte!!!

Nota 0: Torcida única. A causa de grande parte da confusão que vimos essa semana. Não é a primeira vez que algum “gênio” pensa isso. Não será a última. É uma solução preguiçosa, que não ataca a raiz do problema e não resolve nada, podendo até agravar a situação em alguns casos. Eu só me pergunto se tal siuação significa a falência:

1. a) Do esporte, que cada vez mais perde a parte lúdica por conta desses animais, além da falta de capacidade de oferecer segurança e atratividade para seus verdadeiros fãs.
2. b) Do Estado, que se mostra cada vez mais incapaz de proteger seus cidadãos.
3. c) Das autoridades, que se mostram incapazes de combater esses vândalos.
4. d) Da justiça, que ao invés de aplicar o rigor da lei contra esses bandidos, toma a solução “vende o sofá” para o caso do marido que pega a esposa com outro no sofá de casa.
5. e) Todas as anteriores.

Nota 10: Maracanã. Acho totalmente compreensível que nesse ciclo de encontros, desencontros e coisas absurdas o Maracanã tenha aparecido como solução para o jogo da libertadores do dia 08 de Março. Mas é bom que não nos esqueçamos: precisamos de uma solução de estádio definitiva , mesmo com o paliativo que é o estádio da ilha. 

Luiz Henrique Amorim

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