O roteiro do jogo no Maracanã com 90% de rubro-negros sinalizava a decisão por pênaltis.
Porque a tensão, o Botafogo negando espaços e sem Rodrigo Pimpão como válvula de escape e o Flamengo mais uma vez com dificuldade para criar espaços, além da arbitragem do goiano Wilton Sampaio parando demais o jogo com faltas (37 no total) facilitavam o trabalho dos sistemas defensivos.
No primeiro tempo, a rigor, foram duas chances. Uma cristalina, de Guilherme completando centro da direita de Roger após falha de Rodinei, que ficou olhando para a bola e deixou o atacante completamente livre. Outra de Guerrero, em virada que fez Gatito Fernández trabalhar.
45 minutos de 54% de posse da equipe de Reinaldo Rueda, armada num 4-2-3-1 com Pará improvisado na lateral esquerda e o peruano Trauco no banco, e cinco a quatro nas finalizações – duas do Fla contra nenhuma dos alvinegros.
Segunda etapa de mais eletricidade e equilíbrio nas ações. O Bota repetia o 4-3-1-2 variando para as duas linhas de quatro e sofria atrás sem Joel Carli. Marcelo Conceição, o substituto, cometeu pênalti, segundo as novas orientações da FIFA, em virada de Guerrero, de volta ao time no sacríficio e de novo sendo o pivô fundamental.
Cuéllar podia ter sido expulso por entrada duríssima em Matheus Fernandes, mas menos dura que a de Pimpão em Berrío na ida no Nílton Santos. O colombiano, porém, foi novamente preciso em desarmes, antecipações e passes. O melhor nos 180 minutos.
Quando o Cruzeiro marcou com Hudson no Mineirão o cheiro de penalidades definindo os finalistas da Copa do Brasil ficou mais forte. Porque as partidas decisivas novamente careciam de cuidado com a parte técnica. Futebol. A insanidade de tratar qualquer partida eliminatória como ”jogo pra ganhar” e não jogar. Muita disputa física, pouco risco.
Até que o improvável aconteceu. Berrío, apesar da fibra, do vigor físico e da velocidade habituais, novamente vinha errando em algumas tomadas de decisão e sem conseguir vitórias pessoais sobre Victor Luis. Talvez por isso tenha surpreendido o lateral do oponente com um drible espetacular, de Neymar, na linha de fundo. Clareou tudo.
Principalmente o passe para Diego. O heroi que novamente não teve boa atuação na parte técnica. Errando ao tentar dominar e girar contra uma marcação muito estreita, sem respiro na pressão. Mas de novo a entrega foi absoluta e, quando pisou na área adversária e recebeu com liberdade, o toque foi de primeira e cirúrgico.
Gol único de uma vitória que só não foi mais ampla porque Vinicius Júnior, substituto de Berrío, demorou a finalizar à frente de Gatito num contragolpe mortal. Desta vez sobraram concentração e espírito de decisão ao Fla. Rafael Vaz substituiu o lesionado Réver e jogou simples, sem preciosismo, ao lado de um Juan preciso.
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O Botafogo de Jair Ventura finalizou apenas uma vez no alvo em 180 minutos. Apostou tudo no erro do rival que não foi aproveitado no primeiro tempo por Guilherme. A punição veio na jogada diferente, que desmonta a defesa. De Berrío e Diego, investimentos do clube com finanças saneadas.
O Flamengo se impôs com 57% de posse e nove finalizações. Rateou na Libertadores e sonhava estar na condição do Botafogo no torneio continental. Mas vai à sua sétima final de Copa do Brasil para buscar o quarto título e igualar o Cruzeiro, o adversário definido nas cobranças de pênalti no Mineirão.
Decisão sem favoritos, ao contrário da de 2003, vencida com facilidade pela equipe celeste histórica de Vanderlei Luxemburgo e Alex. Que seja mais jogada que brigada e o talento prevaleça, como na noite de clássico carioca no Maracanã.
Fonte: Blog do André Rocha | Uol
50% do gol do Diego deve ser creditado ao Berrio, que enganou até as câmeras da globo kkkkkkkkkkkkkkk
80% no mínimo
80% seria se tivesse rolado a bola apenas pra empurrar pro gol. Tinham vários jogadores na frente do Diego, ele se posiciona bem pra receber o passe e chapa de primeira, mandando a bola no único lugar em que ela entraria sem bater em ninguém. Teve méritos também. No primeiro jogo, por exemplo, o Berrio teve uma chance mais clara, de frente pro Gatito, com o gol aberto, e chutou no goleiro.
Que jogada fora de série do Berrio, é esse tipo de jogada que eu cobro do Everton, alguém tem dúvida que ele é menos grosso que o Colombiano? Mas o colombiano é muito mais ousado, se comporta como atacante, tem fome de vencer, quer o gol a qualquer preço, custe o que custar.
Cadê os chatos chamando o cara de Cirino 2.0? Estão mais sumido que a torcida do Botafogo…
Os dois colombianos tem gana de vencer, isso faz a diferenca.
Com certeza! Eles tem o espírito e tá ajudando muito
Mas o Cirino jogou bem em 2013. Só no Fla que não engrenou. Aliás, o RJ deve ter desligado metade do cérebro dele.
Muita cachaça e festa
Kkkkkk…
O problema do Berrio é a afobação que ele quase sempre tem, não acho ele grosso… Tá precisando controlar essa “loucura” dele
O Cirino também teve seus momentos, mais se a dona cachaça conseguiu derrubar até o Adriano, quanto mais um Cirino da vida…. E nessa parte de profissionalismo o Berrio é exemplo
E o Everton quando fará esse tipo de jogada?
Você viu como ele sai comemorando após a substituição? Vibrando, chamando a galera, podia fazer biquinho mas não, é profissional demais.
Então a gente acabou de chegar a conclusão que no par ou impar quem ganhar escolhe o Berrio
O Everton tem a importância dele dentro desse time, mas o Berrio tem muito mais poder de protagonismo que ele, e isso eu acho que vai ser sempre
Tmj! SRN
Mas o próprio Berrío já saiu put* quando foi substituído numa partida. E foi muito mais notório do que o Éverton. Achei que tanto ele na época como o Éverton recentemente estavam bem nessas partidas e sentiram isso, por isso não gostaram de ter saído.
Não lembro disso, quando foi? Eu sou contra jogador reclamar, tem que sair pianinho.
Não me recordo. Faz tempo. Acho que foi no Carioca. Tentei achar aqui e não consegui. Ele estava bem no jogo em questão, o ZR substituiu o Berrío, que fez cara feia e saiu gesticulando.
Eu acho que lembrei
contra o palestino 1 jogo, tinha acabado de fazer o dele, ai entrou mancuello
Obrigado
Berrio é mais jogador que o Everton Cardoso, tem mais drible, sabe jogar melhor no corpo e finaliza muito melhor que o Everton, basta dizer que mesmo jogando muito menos que o Everton deve ter metade dos gols do mesmo e quase o mesmo total de passes para Gol. Berrio só não vingou ainda no Mengão, porque o Zé Ricardo tinha suas preferencias e não escalava os que jogavam melhor sempre. Eu acho que o time pode jogar no 4-1-4-1, com Berrio de um lado, Vinicius Junior do outro, e Diego e Everton Riberio no meio com o Cuellar na cabeça de area, mas isso é para quando o tecnico tiver tempo de treinar adequadamente.
Eu acho o Everton mais técnico, porém ele ousa pouco, tá com um vício negativo de chegar na lateral do adversário e sair cruzando, tem que se arriscar mais.
É incrível como o Berrio sabe usar o reportório que tem como você bem analisou, espero que ofereçam um caminhão de dinheiro pra tirar ele do Fla.
Concordo em partes. Concordo com vc que o Berrío tenta as jogadas, é muito mais incisivo que o Éverton e é tão raçudo quanto, porém ele é meio grosso. Tem dificuldade para dominar a bola e muitas vezes se atrapalha com a mesma. Ontem ele e o Diego não se omitiram, mas ambos não estavam acertando praticamente uma jogada e eram os mais criticados durante o jogo até que quando menos se esperava o Berrío acerta aquele drible desconcertante no Victor Luis e o Diego fazer o gol da classificação.
Concordo com a questão dele ser menos técnico que o Everton, por isso que eu cobro mais ainda o motorzinho, as vezes parece que o camisa 22 não erra mas também não tenta nada acima da média, não se arrisca.
O futebol é apaixonante por essas coisas, se o Rueda tira o Berrio dois minutos antes, o colombiano teria feito uma má partida e o Victor Luís seria exaltado por anular ele, mas com aquele drible tudo se inverteu, o Victor Luís que não tinha perdido nenhuma bola agora é o vilão da partida.
Concordo com tudo
Essa jogada do Berrío, o rolar para quem chega, ao invés de cruzar, foi o que consagrou o Borja, que chegava bem nessa condição e aqui no Fla ele fazia pouco. Mas quando resolveu fazer, pqpqpqpqpqpqpqpqpqp! Outro detalhe importante foi a ação do Guerrero de sair da bola.
Problema do Berrío: Joga sem levantar a cabeça, tá quase sempre olhando pra bola. Quando procura alguém sempre sai boas jogadas como essa assistência. Mas o colômbia tem mta raça, vontade, com essa disposição eu até relevo os problemas técnicos. Dale Berrio!
Grande cirino colombiano. SQN