É chover no molhado dizer que o Flamengo está tendo um ano decepcionante. Essa conclusão, mais do que óbvia, já foi usada para começar colunas sobre as partidas, entrevistas de dirigentes, análises de trabalhos de técnicos, provavelmente até como quebra gelo em primeiros encontros de Tinder (“eu sei que eu não pareço com as fotos, mas ainda assim a diferença é menor do que aquela entre o que o Flamengo prometia em janeiro e o que ele fez até agora”) e acredito que até mesmo o torcedor mais pessimista não esperava um ano tão ruim.
Ao mesmo tempo, a busca pelas razões dessa decepção já foi feita de várias maneiras, até mesmo aqui na coluna. Falta disposição aos jogadores? Faltou planejamento dos dirigentes? O problema é o esquema tático? O Flamengo 2017 foi na verdade uma grande miragem e vimos numa equipe mediana um grande elenco que nunca existiu? Existe uma célula terrorista na Gávea que ameaça os familiares dos técnicos caso eles não escalem Vaz, Márcio Araújo, Gabriel? Isso tudo é um pesadelo coletivo e vamos acordar na manhã de 17 de maio, logo antes de San Lorenzo e Flamengo, o lençol todo suado, a cama bagunçada, nenhum dos móveis ainda quebrados?
Por isso talvez seja hora de fugir da análise racional, fugir da investigação lógica do que acontece dentro ou nas proximidades do gramado e entrar de cabeça no campo das conspirações, das teorias, talvez até mesmo do místico e do sobrenatural. Afinal, de que outra forma explicar um Flamengo que independente do tempo de treinamento não consegue desenvolver nenhum padrão de jogo? Como justificar a incapacidade de alguns dos atacantes mais badalados do continente de apenas chutar dentro da área do gol? Como imaginar, sem o uso do termo “exorcismo”, uma solução para o momento do atleta Éverton Ribeiro?
Então começo a acreditar que o Flamengo 2017 não seja bem um erro, não seja bem um acidente, não seja apenas o fruto de uma série de decisões equivocadas, mas sim talvez um projeto, muito bem pensado, muito bem executado, porém com um objetivo que nós não compreendemos.
Serão partidas como a desse domingo contra a Chapecoense financiadas pelo governo Temer para que o brasileiro esteja tão indignado com o esporte que não consiga se preocupar com a situação política do país? Serão atuações como as do Flamengo nesse Campeonato Brasileiro na verdade medidas de aquecimento da economia, com jogos tão ruins que você começa a pensar se não seria melhor estar trabalhando do que assistindo isso? Será esse ano todo um projeto da diretoria para reduzir a nossa torcida, visando que nós, que somos milhões, possamos ser alocados todos no estádio da Ilha, com capacidade para apenas uns 20 mil?
Porque ainda que não seja possível entender o motivo, uma coisa está clara: o Flamengo de 2017 parece querer acabar com os flamenguistas. Em cada derrota ridícula, em cada empate broxante, em cada vitória que te garante os 3 pontos mas na cena pós-créditos já te faz pensar em todos os pontos que vai perder no futuro se continuar jogando assim.
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E ainda que obviamente ele não vá conseguir – uma torcida que já viu em campo nomes como Irineu, China, Negreiros, Walter Minhoca e Dênis Marques não se impressiona com qualquer coisa -, seria bom o quanto antes desvendar essa conspiração, resolver esse mistério, fazer o Flamengo, mesmo que fosse preciso um padre jovem, um padre velho, uns 100 litros de água benta, voltar a jogar alguma coisa parecida com futebol. Para um ano que prometia uma longa sessão de “Nós somos os campeões”, com certeza já tivemos episódios demais de “Arquivo X” por aqui.
Eu to falando isso faz tempo, o pessoal não quer acreditar.
Existe todo um trabalho forte da mídia e até da CBF pra fortalecer o crescimento da torcida do Corinthians sobre o Flamengo.
Bandeira de Mello com seu projeto de excluir o pobre e o torcedor assíduo do estádio tá ajudando nessa “missão”.
Nas últimas pesquisas sobre torcida no Brasil, o Corinthians tirou 1.9 pontos percentuais de diferença para o Flamengo. Em 2009, tínhamos 5 pontos percentuais acima do Corinthians.
Quando alguém fala isso, logo vem um bandeirete ou um iludido dizer que é anti ou coisa da mídia paulista. A mídia paulista não alerta, mídia paulista ILUDE !
Tá na hora de acorda, ou pode ser que ao acordar em 2025, tenhamos perdidos a única coisa em que ainda somos soberanos, A TORCIDA .
O que faz aumentar o numero de torcedor, é a grandeza do clube e dos títulos que ele ganha. Estadio lotado e ingresso barato não faz aumentar o numero de torcedor, torcemos pelo Flamengo e não pela torcida. Acorda essa gestão esta melhorando o clube em todas as áreas até no futebol.
Todas as áreas ? Olhe melhor amigo, veja a apatia dos jogadores dentro de campo.
Pegue nos últimos anos e veja quem mais ganhou títulos entre Flamengo e Corinthians
Num clube como o Flamengo, que arrebanhou 40milhões de torcedores por causa do futebol e tbm dá misteriosa associação com determinação e inconformismo com a derrota, algo conhecido como RAÇA, coisa típica de povo que precisa lutar sem nunca desistir até conseguir o que quer ou precisa, ver atitudes elitistas onde o sócio torcedor tem mais valor do que o torcedor, é uma das lágrimas