Roberto Assaf: “Qual é o São Paulo que vem aí – Parte 2”

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Como mostramos no texto anterior, o São Paulo, próximo adversário do Flamengo, dia 18, no Maracanã, cumpre boa campanha no Brasileiro, mas ainda não tem um time absolutamente definido, após 12 rodadas.

Daí muitos perguntam se é mais fácil derrotá-lo, levando-se em conta que o entrosamento, longe de ser lugar-comum, é da maior importância. Assim, antes de tudo, é necessário afirmar que não há obstáculo simples de superar num campeonato como esse, e não importa a colocação de cada um na tabela, pois o equilíbrio geral é suficiente para estabelecer as dificuldades.

O próprio São Paulo deixa a proposição evidente: ganhou o primeiro jogo, empatou quatro, voltou a vencer três vezes, perdeu a primeira partida, ficou no 0 a 0 jogando mal contra o Inter, e antes da paralisação obteve mais duas vitórias. Daí a definição do dicionário para a palavra equilíbrio – “igualdade entre forças diferentes ou opostas” – e a característica que faz do futebol o esporte mais popular do planeta: num jogo, o time mais forte impõe a sua superioridade, mas no próximo o inferior atrapalha a vida do grande, criando até situações para derrotá-lo.

São Paulo e Flamengo são no momento duas equipes do mesmo nível. Assim, a partida entre ambos, por princípio, não se encaixaria essencialmente nesse raciocínio, pois o que pode determinar o vencedor é a capacidade de cada um para aproveitar as poucas chances que deverão surgir.

Mas já que o Tricolor jogará fora de casa, num Maracanã lotado, o melhor exemplo para mostrar o que foi o time de Diego Aguirre até aqui está no clássico contra o Palmeiras. O São Paulo fez 1 a 0 no primeiro tempo, jogando um futebol muito bonito e eficiente, e acabou sendo literalmente atropelado na etapa derradeira, sofrendo três gols em 22 minutos, o que ficou de bom tamanho, tal o desacerto do time.

O problema do Flamengo, analisando o confronto do dia 18 apenas pelo lado rubro-negro, é não ter a idéia de que adversário enfrentará, se o da vitória parcial sobre o Palmeiras, ou o da derrota de 3 a 1 para o rival, no mesmo dia. Quanto ao São Paulo, a dúvida fica por conta do que será o time da Gávea sem Vinícius Júnior, que foi até aqui a sua principal referência. E como será o comportamento de Éverton enfrentando o ex-clube.

Logo, o que pode fazer a diferença, a favor do Flamengo, que é de fato o que nos interessa, é a capacidade do treinador para jogar sem o atacante – terá a primeira oportunidade efetiva para fazê-lo – e é claro, a força da torcida. Mas não há partida fácil no Brasileiro.

Reprodução: Roberto Assaf | Rua Paysandu

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  • Vinícius foi a maior referência? Bom… Paquetá foi nosso melhor jogador no ano. Éverton Ribeiro vem crecendo e decidindo jogos. Diego, em quem eu pouco apostava, melhorou bastante. Agora é torcer para mais uns dois bons nomes chegarem e torcer para que o Uribe chegue chegando e faça os gols que precisamos.

  • Que mania de ficar postando foto de jogador que já foi do flamengo, esquecem esse éverton.

  • Porra aqui é Flamengo.
    Se quer falar dos Bambis,escreve na página delas.

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