FOTO: LUCIANO BELFORD/AGÊNCIA O DIA
O Flamengo demitiu o técnico Domènec Torrent na tarde desta segunda (9). Após 26 jogos e quase três meses de trabalho, o catalão acumulou aproveitamento de 64%, de certa forma uma boa porcentagem, mas a involução da equipe assustou. Foram diversos problemas defensivos, expostos nos últimos dois jogos do Campeonato Brasileiro, oscilações do ataque e o já famigerado rodízio do elenco, que não agradou os jogadores. Portanto, a reportagem do Coluna do Fla separou cinco motivos cruciais para a saída do técnico, e quais seriam as soluções para um futuro trabalho que virá.
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Quantidade de derrotas
Ao iniciar as comparações, é possível observar uma diferença na quantidade de derrotas. Desde que assumiu, Dome acumulou seis derrotas com o Mais Querido, sendo quatro goleadas acachapantes contra Independiente Del Valle, São Paulo e os Atléticos (Mineiro e Goianiense). Por ser uma equipe que sofre muitos gols, o rubro-negro está sempre arriscado e exposto nas partidas, podendo sofrer derrotas caso o ataque não esteja bem. Além disso, a sombra do catalão sempre foi o trabalho do Mister que, com um ano a frente do Rubro-Negro, só foi derrotado quatro vezes, uma delas para o Liverpool, considerado o melhor time do mundo, pela vantagem mínima. Faltou consistência a Dome.
Goleadas indigestas
Como citado, o Mais Querido acumulou vexames sob o comando do catalão. Foram poucas derrotas, é verdade, mas quando perdeu foi de maneira feia, incompatível com o DNA do Flamengo. Em sua estreia na Copa Libertadores, Dome amargou um 5 a 0 doído diante do Independiente Del Valle, que tirou vantagem do doente elenco rubro-negro da época. Viveu um período de invencibilidade no mês de outubro, mas voltou a ser exposto, e de maneira seguida: 4 a 1 diante do São Paulo, dentro do Maracanã, e 4 a 0 para o Atlético-MG, no Mineirão. Vale lembrar que ambos adversários estão na briga pelo título e são considerados confrontos diretos, resultados que podem fazer falta numa fase mais aguda do campeonato.
Oscilação da equipe
Além disso, a equipe teve diversos períodos de oscilação, não só no campeonato, mas dentro das próprias partidas. Por diversas vezes se viu o Mais Querido sonolento e disperso dentro de campo, o que originou em momentos de perigo. Por conta desses destemperos, o Rubro-Negro desperdiçou a oportunidade de assumir a liderança em quatro oportunidades, sendo três delas seguidas. A mais impressionante delas, certamente, foi o empate diante do Red Bull Bragantino, dentro do Maracanã, por 1 a 1. Nas outras, o Fla só dependia de si em confrontos diretos contra Internacional, Atlético-MG e São Paulo, mas conquistou um ponto em nove possíveis. Mais uma deficiência constatada da equipe de Dome: em duelos contra equipes do G-4, não venceu, com um empate e três derrotas no retrospecto.
Sistema defensivo
Este era, definitivamente, o calcanhar de Aquiles do esquema rubro-negro. O catalão e sua comissão ténica não conseguiram retomar a solidez defensiva da equipe comandada por Jorge Jesus, e deixou a defesa extremamente exposta. O jogo posicional funcionava bem no ataque, é verdade, mas os contra-ataques eram mortais e sempre deixavam o atacante no ‘um contra um’ com os zagueiros rubro-negros. Com a insegurança, as equipes adversárias neutralizavam facilmente o esquema, e eram precisos no ataque, dificultando ainda mais as partidas. Ao todo, foram 38 gols sofridos (média de 1.5 por jogo) em 34 grandes chances cedidas, incluindo dez erros capitais no Campeonato Brasileiro. É muito, para quem almeja todas as competições que disputa.
Rodízio confuso
Por fim, o famigerado rodízio. Marca registrada de Dome, a tática pode até ter poupado fisicamente alguns jogadores arriscados, mas trouxe um caminhão de problemas em outras frentes consideradas resolvidas. A começar pela desaprovação no elenco, que levou muitos atletas a questionarem os métodos do técnico catalão. Foram, ao todo, oito duplas de zaga diferentes e, coincidentemente ou não, nenhuma passou grande confiança para a torcida. Gustavo Henrique e Leo Pereira, certamente, foram os mais criticados do setor, já que não conseguiam ter entrosamento e sequência no time titular. Além disso, os que estavam bem perdiam esse ritmo, como foi o caso dos jovens Natan e Noga, com o segundo sendo até rebaixado novamente ao sub-20. O calendário não ajudou, mas as promessas foram muito diferentes das ações do agora ex-treinador rubro-negro.
O Flamengo já se movimenta no mercado em busca de um novo técnico. Nomes como Rogério Ceni e Maurício Pochettino já foram especulados, e devemos ter uma definição nos próximos dias. O certo é que, por enquanto, os treinamentos serão comandados por Marcelo ‘Fera’, que já treinou a equipe em outra ocasião. O próximo compromisso do Mais Querido é pela Copa do Brasil, contra o São Paulo no Maracanã. O jogo de ida das quartas de final será na quarta (11), às 21h30 (horário de Brasília) e terá transmissão do Coluna do Fla, com Rafa Penido no comando.
Só esqueceram de avisar para quem escreveu a matéria que o Marcelo “Fera” foi demitido do Flamengo há algum tempo….
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Decisão precipitada. Milagre, é só com Jesus… Mesmo com pandemia, covid, desfalques (Arrascaeta parece que aposentou), pressão interna, pressão externa, calendário imbecil e convocações, o cara conseguiu fazer um bom trabalho com aproveitamento de 70%! Líder da libertadores com o time jogando muito. Vice-líder do brasa. Um profissional super humilde, que foi elogiado por TODOS os jogadores. O problema da defesa era totalmente consertável. Assim, é vergonhoso tomar uma decisão tão ruim. Em vez de ser um clube organizado que deixa o treinador trabalhar, o flamengo volta a ser um clube que demite muito e desenvolve pouco. Espero, de verdade, que com Rogério desenvolva um trabalho consistente. Dome tentou, mas sofreu uma injutiça.