FOTO: ALEXANDRE VIDAL/FLAMENGO
O Flamengo se notabilizou nos últimos anos por conta dos altos investimentos. De 2017 para cá, o Rubro-Negro quebrou recordes de transferências e agregou ao seu elenco atletas como Everton Ribeiro, Vitinho, Arrascaeta e Gabigol, todos envolvendo altas cifras em negociações. Para a temporada 2021, no entanto, com os impactos causados pela pandemia da Covid-19 e rendimento abaixo do esperado em competições como a Libertadores da América e a Copa do Brasil, os gastos foram reduzidos. Ainda assim, em relação à equipe que iniciou a temporada anterior, há grandes diferenças, sobretudo no setor defensivo. Ainda assim, o Mais Querido segue sendo apontado como favorito a títulos na Bet365 Brasil, casa especializada em cotações de competições esportivas.
CONFIRA ALGUMAS DIFERENÇAS:
- Hugo Souza em evidência
Quando a temporada de 2020 foi iniciada, Hugo era apenas mais um garoto com a idade ‘estourada’ na base. Sem poder seguir no sub-20, o atleta foi inserido no time principal, mas sem grandes expectativas. Antes, o Garoto do Ninho era considerado como quarta opção para defender a meta do Fla. À sua frente, estavam Diego Alves, César e Gabriel Batista. Hoje, porém, Hugo só fica atrás de Diego Alves na fila. Vale destacar, aliás, que o jovem chegou a assumir a titularidade ao longo do ano, mesmo com o camisa 1 à disposição do então técnico Domènec Torrent. O destaque de Hugo no primeiro ano como profissional foi tão grande, que o gigante Ajax, da Holanda, demonstrou interesse em contratá-lo e mantém observação de perto ao arqueiro.
- Rafinha fora
O lateral Rafinha foi uma contratação sonhada pelo torcedor e pela diretoria do Flamengo durante anos. Quando chegou, em 2019, logo assumiu a titularidade, além de uma condição de liderança interna no elenco. Após conquistar Libertadores, Brasileirão, Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana e Campeonato Carioca, o camisa 13 deixou o Rubro-Negro para defender o Olympiacos, da Grécia, em agosto de 2020. Por lá, ele passou até fevereiro deste ano e negociou o retorno ao Mais Querido, mas esbarrou em questões internas e a tratativa acabou frustrada.
- Isla com grande responsabilidade
Contratado logo depois do adeus de Rafinha, Isla chegou sob forte exigência. No Brasileirão, ele foi eleito o melhor lateral direito da competição, tanto na premiação da CBF, quanto na Bola de Prata. Apesar disso, o chileno cometeu erros e se mostrou instável – junto à conturbada zaga do Fla ao longo da temporada. Neste ano, o grande desafio do camisa 44 será mostrar que pode manter o nível apresentado por Rafinha com o Manto Sagrado e cair de vez nas graças da exigente torcida.
- Chegada de Bruno Viana
Após não ter o retorno esperado com Léo Pereira e Gustavo Henrique, contratados para suprir a saída de Pablo Marí, o Flamengo foi atrás de mais um zagueiro no mercado europeu. O nome da vez foi Bruno Viana, rubro-negro desde a infância, que chegou por empréstimo junto ao Braga, de Portugal. Aos 26 anos, o defensor estreou pelo Fla na goleada por 4 a 1 e fez grande atuação. Versátil, o camisa 30 postula como um dos grandes concorrentes à vaga de titular na zaga do time de Rogério Ceni.
- Lázaro e Rodrigo Muniz são esperanças para o ataque
Contando com o melhor ataque do país pelo segundo ano consecutivo, o Flamengo esbanja cinco atletas com recentes convocações para seleções no setor: Arrascaeta, Everton Ribeiro, Bruno Henrique, Pedro e Gabigol. Em contrapartida, algumas das opções têm sido alvo de constantes críticas, como Michael e Vitinho. Sem potencial para grandes investimentos, o Fla aposta que duas joias da base possam dar frutos no decorrer do ano: o centroavante Rodrigo Muniz é o que mais correspondeu até então, sendo atual artilheiro do Campeonato Carioca, com cinco gols marcados após cinco rodadas disputadas na competição. Lázaro, apontado como principal nome da geração, ainda não conseguiu o mesmo sucesso no time principal, contudo, acredita-se que o meia-atacante – campeão do Mundo sub-17 com a seleção brasileira – consiga se firmar e render esportivamente para o Rubro-Negro, antes de uma possível venda milionária para a Europa.