FOTO: PAULA REIS / FLAMENGO
Desde que Rodolfo Landim assumiu a presidência do Flamengo, o clube adquiriu uma postura de investidor. E as contratações são marcadas, em geral, pela figura de duas pessoas: Marcos Braz, vice-presidente de futebol, e Bruno Spindel, diretor executivo de futebol. Isso porque, na gestão Landim há uma divisão dos cargos, e o mandatário abre o jogo sobre a forma que o Fla resolve ir ao mercado.
Em entrevista ao Globo Esporte, Landim explicou a importância de cada cargo exercer a sua função pré-definida. O atual mandatário cita como exemplo Eduardo Bandeira de Mello, que acumulou a presidência e também a vice-presidência de futebol. Para Landim, as funções de Braz e Spindel fazem com que o Flamengo chegue melhor ao mercado e faça melhores contratações.
– O que é de centralização que a gente dizia. De fato existia um funil que carregava para basicamente uma figura, que era o diretor de futebol que a gente tinha ano passado. Até porque, durante bom tempo o Flamengo não teve nem vice-presidente de futebol. O presidente do clube acabou acumulando a vice-presidência de futebol. Acabava ficando na figura do diretor de futebol todas as decisões mais importantes, e são as decisões mais importantes que a gente tem dentro do Flamengo porque envolvem a maior quantidade de recursos. As pessoas sempre ficam ligadas em contratações e valores. Mas isso, às vezes, não é nem o mais importante – antes de completar:
– Porque ali você firma um contrato de muitos anos e com o valor que você tem que honrar durante aquele período inteiro. Então, é ali que se compromete, de fato, um orçamento não um anual, mas plurianual do clube. O processo de escolha de um jogador para fazer parte do plantel do Flamengo é certamente o mais crítico de todos. Porque é certamente o que vai envolver a maior quantidade de recursos comprometidos pelo clube – prosseguiu:
– Então, o que a gente fez primeiro foi tentar estruturar um processo no qual não que fosse a prova de erro ou a prova de maus resultados, porque futebol não é ciência exata, não é matemática. A gente queria reduzir a chance de ter erro. A gente procurou estruturar melhor o processo de tomada de decisão a partir de informações, fatos e dados, para que a gente pudesse escolher esses jogadores dentro de um planejamento de plantel onde a gente fosse contratar jogadores para determinada função, onde de fato precisasse – e finalizou:
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– Uma coisa que era muito questionada era se contratássemos um jogador para uma posição que a gente já tinha bom jogador. Então, primeiro planejar, entender onde você precisa ter jogadores para compor o teu plantel, ver se você tem condição com os jogadores da base de assumir esse desafio. Caso não tenha, ir buscar no mercado, quanto vai custar, estabelecer limites para isso tudo é muito importante.
Por enquanto, o método de Rodolfo Landim tem dado certo. Desde que assumiu o clube, o Flamengo realizou a contratação de jogadores tradicionais dentro do futebol mundial, como por exemplo: Filipe Luís, Rafinha, Gabriel Barbosa, Gerson, Arrascaeta, Pedro, além de outras peças, como Pablo Marí. O elenco vitorioso, tendo base a partir de 2019, conquistou 11 títulos oficiais.