FOTO: LEANDRO LOPES / CBF
Os clubes da primeira divisão do Brasileirão se reuniram na última sexta-feira (11), de forma on-line, para debater questões polêmicas da Confederação Brasileira de Futebol. A crise interna na entidade foi assunto, e os dirigentes das equipes chegaram ao entendimento de que Rogério Caboclo não retornará à presidência da CBF – ele está afastado e respondendo por assédio moral e sexual contra uma secretária do órgão desportivo. Por isso, há uma série de exigências a serem feitas a quem for assumir o poder.
Entre as exigências, três pontos são vistos como primordiais: aderir a lei do mandante, reajustar o calendário do futebol nacional e aprimorar questões da arbitragem, como o uso do VAR e ter maior transparência. Os clubes também sabem que o novo presidente deve ser indicado pela direção da CBF, entre os oito vices atuais. O mais cotado é o advogado Castellar Guimarães Neto, de 38 anos, ex-presidente da Federação Mineira.
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Os clubes, no entanto, querem participar de forma ativa da articulação do próximo presidente da CBF. As informações foram divulgadas pelo jornalista Marcel Rizzo, do Uol Esporte. Quanto a lei do mandante, o desejo comum entre os dirigentes é que cada equipe seja dona dos direitos de transmissão de jogos de futebol no Brasil. O assunto terá que ser debatido fortemente com Governo Federal e Congresso.
Já quanto ao calendário, os clubes enxergam a necessidade de parar todos os campeonatos quando a Seleção Brasileira for entrar em campo. A CBF até tem evitado conflitos entre as partidas de futebol no país e as Datas Fifa, mas a movimentação ainda é tímida e equipes se veem prejudicadas, como é o caso do Flamengo. O Rubro-Negro perdeu cinco atletas para a Copa América em meio à disputa dos torneios nacionais.
Sobre a arbitragem, os clubes insistem em uma nova diretoria, trocando a atual. Além disso, há o desejo de maior transparência, além da capacitação dos árbitros, sobretudo para o manuseio do VAR. Uma dos principais exigências quanto a este assunto é a divulgação de áudio das conversas entres os juízes. Uma nova reunião deve acontecer, ainda sem data definida, dessa vez entre os dirigentes das equipes e a diretoria da CBF.