Questionado, vice-presidente relembra caso de Michael e alegou que o assunto é tratado de forma covarde
Em 2020, Marcos Braz, vice-presidente de futebol do Flamengo, fez uma relação entre os títulos conquistados no ano de 2019 e a ‘irrelevância’ de um psicólogo no clube. A declaração nunca foi esquecida e ganhou ainda mais evidência depois da luta de Michael contra a depressão, quando ainda atuava pelo Rubro-Negro. O assunto foi relembrado durante a coletiva de apresentação do zagueiro Pablo, na última quinta-feira (17), no retorno da imprensa ao Ninho do Urubu.
De acordo com o dirigente, o assunto é tratado de maneira covarde e reforçou que, apesar do clube não contar com psicólogo desde 2019, não tem qualquer problema ou restrição com esse tipo de profissional. Disse, ainda, que as categorias de base contam com o serviço e fica à disposição para quem necessitar.
— Quando precisa contratar roupeiro, jogador, vem a demanda, na hora que vem a demanda, (o profissional) é contratado. Há uma falácia que eu tenho problema com profissional A ou B, pelo amor de Deus, até por inteligência, eu não poderia ter restrição a isso. Existe um departamento aqui, tem psicológico no sub-20, sub-18, tem tudo ali embaixo (CT) -, e prosseguiu:
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— O jogador A ou B que está com 17, 18, 19, 20 anos e precisa de um psicólogo quando vai para o profissional… Qual é o mais indicado: um que sempre o atendeu ou um novo? O psicólogo é um profissional em que você precisa de confiança para expor várias situações. De uma maneira covarde, acham que isso não procede, não tem. Nós temos isso na base. Até o sub-20, vários jogadores, que estão treinando nos profissionais, se quiserem e se sentirem à vontade, têm à disposição -, esclareceu.
Por fim, o VP ainda relembrou o caso de Michael, que lutou recentemente contra a depressão: “Quando o Michael precisou de um psiquiatra, um acompanhamento, de uma maneira rápida o Flamengo se posicionou, ajudou, contratou e fez de tudo pelo jogador. Existem jogadores que também precisam, e o Flamengo ajudou, mas infelizmente não podemos e não devemos expor o jogador que está precisando, está se separando da esposa. Eu vou falar isso? Não posso, temos que ficar calados, apanhar calados, mas proteger o jogador”.