Vice Presidente do Flamengo, Rodrigo Dunshee discursou em comissão na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ)
No dia 5 de março, o jogo entre Flamengo e Vasco foi marcado por brigas e agressões. Antes do clássico começar, alguns torcedores dos dois times entraram em confronto nos arredores do Maracanã. Com isso, a violência nos estádios do Rio de Janeiro voltou a ser tema de discussões, e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) convocou uma comissão para a posse de estudos do juizado do torcedor.
Representando o Flamengo na reunião, Rodrigo Dunshee, vice-presidente Geral e Jurídico, indicou caminhos para resolver a questão. De acordo com o dirigente rubro-negro, é necessário encontrar os culpados de forma individual, evitando que torcedores que não estão envolvidos com as lamentáveis cenas sofram as consequências.
— A visão do Flamengo pelo menos é que a torcida é a maior razão de ser dos clubes. Os clubes também sofrem esse tipo de ameaça e são pressionados nessa relação da torcida. As vezes a gente quer estar mais presente, mas não pode isso, não pode aquilo. A gente acha que esse momento que estamos passando, realmente é muito cômodo jogar para debaixo do tapete, pedir torcida única, prender todo mundo e individualizar as condutas -, iniciou o dirigente.
— A gente sabe que não é assim que se resolve os problemas, têm experiências boas ao redor do mundo, como no caso dos hooligans. O trabalho deve ser outro, de investigação e individualização, quem errou tem que pagar. A comissão vai dar legitimidade a essa investigação, revisitando o estatuto do torcedor, indo ao juizado para discutir a forma de lidar com essas condutas. Vamos tentar abolir a violência dos estádios -, finalizou Rodrigo Dunshee.
Durante esta semana, a Justiça decretou a prisão dos chefes de quatro das cinco principais torcidas organizadas do Rio de Janeiro. E na semana passada estas já haviam sido proibidas, mais uma vez, de frequentarem os estádios. Tudo em virtude das cenas de selvageria vistas não só ao redor do Maracanã, mas em várias regiões da capital carioca, antes e depois do clássico entre Flamengo e Vasco.
Para acabar a violência nos estádios só uma lei proibindo as torcidas organizadas disfarçadas de torcedores.