Quase que unanimemente observamos que a Nação Rubro-Negra respalda a gestão dos chamados blues. Nos sites, blogs, e demais Redes Sociais, além das ruas, esquinas e botecos os “carecas” dão as cartas. Se houvesse uma eleição entre os torcedores, os atuais dirigentes venceriam de “lavada”, sem chances para segundo turno e nem para empate técnico. Fruto de dois anos de avanços inquestionáveis alcançados na questão administrativa, principalmente envolvendo a parte financeira. Não podemos deixar de mencionar a importantíssima volta da credibilidade do clube, antes jogada na sarjeta por administrações desastrosas. Porém o que deixou a desejar nestes dois anos de mandato, foi justamente o caminho seguido pelo futebol, sempre o “carro chefe” do Flamengo. Inexperiências, equívocos na condução do jogo da bola, escolhas erradas para este fundamental comando, certamente a dupla Walim/Pelaipe não decolaram, o apêndice Felipe Ximenes cremos que também não foi a melhor escolha, passando por treinadores como Jorginho, o fugitivo Mano e Ney Franco, sem deixar de lembrarmos de algumas contratações absolutamente confusas.
Hoje vivemos uma nova era para o Futebol Rubro-negro, a ascensão do VP Alexandre Wrobel, o novo momento do treinador Vanderlei Luxemburgo e agora a contratação do Gerente de Futebol Rodrigo Caetano, uma espécie de “Santíssima Trindade” do Futebol Flamengo. Desafios para o ano de 2015, planejamento sendo desenvolvido, formatação do elenco, ainda as agruras com dificuldades de verbas, esperamos competência, criatividade e vontade de vencer. Se o Flamengo finalmente se acertar no futebol, todos as outras melhorias serão ainda mais significativas, será um momento único para o clube, finalmente conseguir potencializar toda a sua grandeza e ficar na vanguarda entre os clubes de futebol do Brasil e da América Latina, com inserções ao chamado primeiro mundo do futebol, internacionalização da marca Flamengo. Um sonho que pode ser atingido. Basta caprichar mais no FUTEBOL…
Histórias Rubro-Negras
O ano é de 1971, tempos de SELEFOGO!!!!! Sim Selefogo… Porém conquistar poucos títulos, sempre foi à sina do time de Gal. Severiano. Nesta ocasião contavam com Jairzinho, Paulo César Caju, Nei Conceição, Zequinha, C.Roberto, Sebastião Leônidas e outros mais… No início desta temporada contrataram ainda Carlos Alberto Tôrres o “capita” do Tri, Brito, Ubirajara Motta e até o ícone rubro-negro Paulo Henrique. Pra virar SELEFOGO foi um pulo, de favorito absoluto do carioca, a virtual campeão. A mídia fazia a sensação de sempre, aquela disputa em pontos corridos seria uma mera formalidade. O P.César atarraxando uma máscara extraordinária, zombando de adversários com jogadas de efeito, olés e por aí vai. Na ocasião o Flamengo tinha um time com alguns refugos, jogadores que não deram certo em outros clubes, outras promessas que não vingavam. Nossa atuação no campeonato era fraca. Faltando três rodadas para o final, o time alvi-negro tinha cinco pontos a frente do Flor, cada vitória naqueles tempos se computava dois pontos, e não três como hoje. Num domingo chuvoso, a SELEFOGO adentrou ao gramado do outrora maior estádio do mundo como franca favorita. Favas contadas para enfrentar o então sofrível rubro-negro, mas eis que no caminho encontraram Buião, ponta direita revelado no Atlético Mineiro, com passagem apagada nos Gambás, e que estava emprestado ao Flamengo. Este foi o jogo da vida de Buião, jogou bem o tempo todo, deu um calor na defesa botafoguense, aos 17 minutos do segundo tempo é lançado por Fio, arranca pra cima da defesa e na saída de Ubirajara Motta marca o primeiro gol, o Botafogo com todo o seu poderio vem pra tentar o empate, porém num contra-ataque fulminante aos 42 minutos finais Buião toca a bola por debaixo das pernas do goleiro Ubirajara, inacreditáveis 2×0 no placar do maraca. A Nação explode, se vinga de todas as arrogâncias do adversário. Na quarta-feira seguinte novo revés do timaço, perde de 2×1 para o América. Na final contra o Flor ainda é tido como favorito, um simples empate lhe dava o então cobiçado título, 0X0 teimoso no placar, ao final, um cruzamento da direita, confusão na pequena área do chamado Fogão, o goleiro Ubirajara não consegue segurar a bola e Lula manda o balão para o fundo das redes. Uma confusão toma conta do gramado, chororô, lágrimas de sangue dos auto-suficientes de preto e branco. Execração ao árbitro José Marçal Filho… Alegaram os alvi-negros que o lateral Marco Antonio empurrou no ar o goleiro… Eles lá que se entendam, pra nós valeram os gols de Buião, que jamais repetiu aquela façanha…. Jogamos com Ubirajara Alcântara, Murilo,Washington, Reyes e R.Neto, Liminha, Tales,depois Chiquinho, Buião, Roberto Miranda, depois Milton, Fio e Arilson um público de 48.785 pagantes naquele 13/06/1971.
Fernando Lemos
Fonte: Flamengo RJ