Antes de qualquer coisa é preciso ressaltar que o Palestino é uma equipe frágil. O quão frágil? Bem, lembra como estava o seu emocional na sétima série quando Fernandinha, aquela de cabelinho curto da sala 7B por quem você era apaixonado desde o pré-escolar, ficou com Renato, o grandão ruivo do primeiro ano, no meio do pátio, exatamente no dia em que você finalmente tinha tomado coragem pra chamar ela pra ir ao cinema? Então, o time do Palestino é mais frágil do que isso.
E mais descompromissado também, já que aparentemente abdicou de um treino em nome de um passeio na praia, deixando claro que a viagem ao Rio foi mais pra comer um biscoito Globo, levar um carregamento ilegal de Guaravita pro Chile, e a partida em si era apenas uma obrigação chata que eles queriam resolver logo pra chegar no Barra Music a tempo de pegar um show do Nego do Borel.
Então mesmo cientes de que a vitória de ontem, apesar de elástica e maiúscula, não serve como referencial para muita coisa – acredito que só no Campeonato Carioca de 2018 enfrentaremos de novo alguma equipe tão fraca quanto o Palestino, isso se a Cabofriense não se reforçar – a partida foi importante por algumas razões.
Primeiro, é óbvio, por garantir uma sequência tranquila para o Flamengo na Sulamericana, onde ele na próxima fase enfrenta a Chapecoense. Num ano em que o título brasileiro já parece impossível e o time vive um momento de turbulência, nada mais importante do que se manter na disputa das duas competições que ainda nos restam, ainda mais sendo a Sula uma competição internacional, área onde o clube definitivamente precisa ganhar mais experiência e se tornar mais competitivo, dados os vexames recentes. (e por favor, não diga que ainda existe também a Primeira Liga, porque nem a Primeira Liga lembra que ainda existe a Primeira Liga).
Depois por ter dado a oportunidade para que Vinícius Junior desencantasse e marcasse seu primeiro gol pelo Flamengo, ainda que tenha permanecido em campo bem menos tempo do que poderia, já que numa partida como essa, contra uma equipe tão mais fraca e já com uma vantagem imensa do jogo de ida, esperava-se que Jayme ousasse mais na escalação inicial. Mas lembrando o quão tradicionalista é nosso treinador interino, o quão traumatizado é o Flamengo contra times sulamericanos e o quanto toda vantagem é pouca se você tem Muralha no gol, chega a ser quase compreensível que Vinícius tenha tido apenas meio tempo para deixar a sua marca.
Agora o Flamengo se mobiliza por dois motivos: o confronto contra o Atlético-MG, recém eliminado da Libertadores, que pode representar uma chance de reabilitação no Campeonato Brasileiro depois de uma série de resultados muito ruins, e a possível chegada do treinador Reinaldo Rueda, que aparentemente está nos estágios finais da negociação e pode já chegar ao Brasil sábado, comandando a equipe na próxima semana. Ou seja, ainda que alguns tenham dito que o ano parecia já ter acabado, pode ser que, de uma certa maneira, ele esteja recomeçando para todos nós agora.
Fonte: Blog Isto Aqui é Flamengo | ESPNFC
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Só espero que o resultado de ontem não mude o pensamento da diretoria sobre a necessidade de um técnico novo…tenho visto uns #ficaJayme que me deixaram preocupado.
Isso foi de brincadeira, só pode. Se bem que minha mãe sempre me ensinou que tem tipos de brincadeiras que não devem ser feitas…enfim
Palestino não é tão frágil assim, o time é regular.