FOTO: ALEXANDRE VIDAL/FLAMENGO
Títulos, basicamente. Assim como toda a Nação. Entretanto, pra que isso ocorra, é preciso que uma boa equipe seja montada. E muito se passa pelos reforços que chegaram e também na resolução de problemas que se arrastam desde 2017.
Há dois anos escrevo neste portal que um dos maiores problemas do time é a falta de um meio de campo que conseguisse articular as jogadas. E isso se passava, basicamente, pelos problemas de posicionamento de Diego. Muitas vezes, o camisa 10 voltava pra iniciar a saída de bola, saindo da função de armar a equipe ofensivamente. Em decorrência disso, ficava longe da área, não dando o último passe, nem finalizando de média distância.
Assim, o meio era espaçado, criando poucas jogadas, mesmo com domínio da posse de bola. Vários treinadores passaram pelo clube (Zé Ricardo, Reinaldo Rueda, Carpegiani, Barbieri e Dorival Jr.) e esse problema não foi resolvido.
A contratação de Arrascaeta não resolve cem por cento os problemas de armação, mas traz um meia com chegada, que gosta de chutes de longe e que não vai voltar tanto pra pegar a bola. Caso Diego permaneça, em alguns momentos pode fazer a função de segundo volante. No entanto, é necessário um atleta da posição. Não dá pra contar somente com o Arão pra toda a temporada.
Além disso, temos o problema crônico das laterais, que é nossa maior carência. Abel é um treinador que costuma a acertar bem o sistema defensivo dos times que comanda. No Fla, terá que quebrar a cabeça, já que, até agora, tem poucas peças à disposição.
Quando foi contratado, alguns torcedores foram contra. Mas, considero que foi uma escolha acertada. A pressão por títulos este ano estará gigantesca. Abelão tem “cancha” pra conduzir o clube neste caminho. Sampaoli, desejo de muitos, enfrentaria os mesmos problemas de todos os treinadores estrangeiros que pisam em terras tupiniquins: a adaptação.
Amanhã, nossa temporada começa, na Flórida Cup. Que os Deuses estejam conosco nesta jornada!
Matheus Brum
Jornalista
Twitter: @MatheusTBrum
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