FOTO: MARCELO CORTES / FLAMENGO
O Flamengo tem revelado inúmeros jogadores nos últimos anos, porém alguns sequer chegam a ter sucesso no Rubro-Negro. É o caso de Natan. O zagueiro até foi utilizado na temporada de 2020, mas foi negociado com o Red Bul Bragantino, onde deve desabrochar seu talento. O time paulista, aliás, aposta no defensor para mudar de patamar no mercado de futebol do Brasil.
O Red Bull Bragantino contratou Natan por empréstimo, mas já pensa em adquiri-lo definitivamente em dezembro deste ano. O intuito da diretoria paulista é de que o clube deixe de ser visto como ‘emergente‘, como apenas uma espécie de vitrine para seus parceiros da Europa: o RB Leizpig, da Alemanha, e o Red Bull Salzburg, da Áustria.
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Os dirigentes acreditam que Natan possa assumir a posição de titular absoluto e se tornar uma das referências do time de Bragança Paulista, diferentemente de outras contratações, que foram feitas com status de ‘apostas‘. Além disso, o Red Bull Bragantino trata o defensor como atleta ‘de primeira linha’ e espera vê-lo na Seleção Brasileira antes de ir para a Europa. As informações foram publicadas primeiramente pelo portal Uol Esporte.
Natan é uma das grandes esperanças da diretoria paulista para a temporada de 2021, pois é visto como um “divisor de águas” para o projeto, ou seja, o começo de uma mudança de patamar no futebol nacional. Por isso, o negócio é avaliado como extremamente positivo, em diversos pontos: impacto técnico, midiático e também financeiro da negociação. Porém, o desejo principal, diferentemente de outras negociações, é o rendimento imediato em campo.
O Red Bull Bragantino pagou 500 mil euros (R$ 3,3 milhões, na cotação atual) pelo empréstimo do jovem zagueiro de 20 anos. Caso queira contratá-lo em definitivo em dezembro deste ano, o clube paulista irá desembolsar mais 3 milhões de euros (R$ 20,1 milhões) por 70% dos direitos econômicos. Atualmente, para a posição, o Flamengo conta com Rodrigo Caio, Gustavo Henrique, Léo Pereira, Bruno Viana e Gabriel Noga – este último oriundo da categoria de base.
Imaginem só os torcedores
do Flamengo lendo uma
entusiasmada manchete
“Cria do Flamengo é convocado
para a seleção brasileira”.
Para mim, ver uma empresa
que fabrica energéticos
transformar o futebol em
um ramo do mercado financeiro,
é algo absolutamente absurdo.
É a mercantilização de tudo. Até
mesmo a linguagem desportiva
começa a ficar cada vez mais
penetrada pelo jargão financeiro,
pela “análise de mercado”. Isso
ameaça de destruição o próprio
futebol, em sua dimensão lúdica.
Ao se mercantilizar
dessa forma extremada, o
futebol passou a ser vitimado
por uma das leis de mercado
mais implacáveis, que é a da
concentração, da monopolização,
com a destruição (e não apenas
a derrota no campo desportivo)
dos concorrentes (e não mais
adversários, em função dos
quais os torcedores faziam
suas divertidas provocações).
Ver um clube administrado por
uma transnacional fazer
projeções de grandeza no
“mercado” brasileiro, ao
mesmo tempo que clubes
tradicionais, com milhões
de torcedores, com história
e vínculos culturais com o
nosso pais, correm o risco
de extinção, é triste.