Postado em: 19 de mar de 2013.
O Rio de Janeiro é a terra natal de Jorginho, mas a última passagem do novo técnico do Flamengo pela cidade foi cercada de polêmica. O técnico foi bastante contestado por pregar publicamente sua religião enquanto dirigia o América-RJ. Apesar da controvérsia, o trabalho teve sucesso em campo e o Alvirrubro chegou à final da Taça Guanabara em 2006, o que não acontecia desde 1975.
O treinador faz parte da associação Atletas de Cristo desde os tempos em que ainda atuava dentro das quatro linhas. Depois de pendurar as chuteiras, Jorginho manteve a religião evangélica. O técnico nega que já tenha feito qualquer tipo de pregação entre seus jogadores, mas ganhou notoriedade ao defender a troca do diabo, tradicional mascote do América-RJ, por uma águia.
Na ocasião, Jorginho defendia que o diabo era um símbolo negativo, enquanto a ave passava a imagem de um animal vencedor, o que traduziria melhor o espírito do América-RJ. A polêmica deixou o nome do treinador ligado à ideia de radicalismo religioso, já que o mascote do clube carioca é um dos mais tradicionais da cidade.
Um dos desafios de Jorginho em sua volta ao Rio de Janeiro é justamente apagar a ligação com as polêmicas religiosas. Já durante sua apresentação, o técnico negou que vá fazer qualquer tipo de objeção em relação à crença dos atletas rubro-negros e se disse mais maduro sobre o assunto do que em outras épocas.
“Este assunto de religião não tem nada a ver. Aqui a coisa é profissional. O tempo passou, nós amadurecemos. É cada um com seu cada um, como diz o Aílton (Ferraz, seu auxiliar técnico)”, disse Jorginho em sua apresentação.
Ainda que extracampo, o tema é um dos que estão no caminho do ex-lateral em sua trajetória de afirmação como treinador. Em seu retorno ao Rio de Janeiro, Jorginho dirige a primeira grande equipe brasileira de sua carreira. Curiosamente, repete no Rio o mesmo caminho que fez como jogador: de revelação no América-RJ à aposta no Flamengo.
Jorginho joga suas fichas na experiência adquirida entre um trabalho e o começo do outro. Entre as duas passagens, o treinador comandou Goiás, Figueirense e o Kashima Antlers, do Japão, além de auxiliar Dunga durante quatro anos na seleção brasileira.
Fonte: UOL
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